sexta-feira, 7 de maio de 2021

Câmara aprova projeto que institui sistema de cobrança de pedágio por distância percorrida

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (6) projeto de lei que institui um sistema de pedágio de livre passagem nas rodovias e vias urbanas com pagamento de tarifas proporcional à distância percorrida.

O texto foi aprovado por 276 votos a favor e recebeu 90 contrários. O projeto segue para sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A proposta original do projeto -apresentado em 2011 pelo atual senador Esperidião Amin (PP-SC) quando deputado federal- previa apenas a isenção para moradores de determinado município ou que nele exercesse atividade econômica, que precisassem atravessar uma praça de pedágio próxima, mas passou por mudanças significativas.

O texto aprovado pelos senadores e ratificado pela Câmara prevê condições para a implantação de um sistema de cobrança de pedágio de livre passagem (“free-flow”).

Os veículos são identificados por um sistema automático de usuários, que consegue verificar a distância percorrida. A cobrança então é feita com base nessas informações. Atualmente, a cobrança é feita por um valor fixo, que varia conforme o tipo de veículo.

Segundo o relator do texto na Câmara, deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ), a adoção do sistema de livre passagem com a instalação de pontos diversos de coleta de informação e de cobrança de pedágio ao longo da via aumentaria o número de usuários pagantes em vias concedidas.

“Dessa maneira, a distribuição dos custos da concessão seria feita de forma mais equânime e os que hoje têm de pagar pedágio provavelmente pagariam tarifa menor do que a atualmente praticada”, indica o relatório. O projeto estabelece um prazo de 180 dias para que o Poder Executivo regulamente a medida.

A regulamentação deverá prever a possibilidade de celebração de termo aditivo para viabilizar a concessão de benefícios tarifários a usuários frequentes, limitados ao abatimento de tributos municipais incidentes sobre a receita de exploração da rodovia.

O texto indica ainda que o valor destinado à recomposição das perdas de receita das concessionárias de rodovias e vias urbanas devido ao não pagamento de pedágio por usuários não poderá ultrapassar o total arrecadado com multas aplicadas por evasão de pedágio.

A oposição criticava o texto e cobrava a aprovação do projeto que saiu da Câmara. Um dos principais críticos, o deputado Leônidas Cristino (PDT-CE) afirmou que a proposta prejudica quem mora próximo às praças de pedágio.

“O que a Câmara aprovou era o projeto correto, que beneficiava aquelas pessoas que moram próximo à praça de pedágio das grandes cidades, que cortam rodovias federais”, afirmou. “Quando volta do Senado, o projeto é totalmente diferente, inclusive retirando esses usuários, que utilizam aquela rodovia permanentemente, duas, três, quatro vezes por dia. E esses usuários vão pagar uma grande quantia em dinheiro, por conta desse projeto de lei, porque, anteriormente, existia a isenção.”

Líder do PSOL na Câmara, a deputada Talíria Petrone (RJ) também criticou as mudanças. “O projeto original era meritório. Ele isentava pessoas que moravam nas proximidades das praças de pedágio para não pagarem pedágio na sua região”, afirmou.

“Mas quando vem do Senado a alteração que institui o sistema de quilômetro rodado, substituindo as praças de pedágio, isso vai criar novos usuários e vai, inclusive, fazer com que pessoas que morem naquelas proximidades passem a ter que pagar pedágio.”

O líder do Novo na Câmara, Vinicius Poit (SP), descartou que haja possibilidade de cobrança de pedágio no perímetro urbano. “Isso não vai acontecer”, disse. Ele ressaltou ainda que as mudanças valeriam apenas para as concessões novas.

ClickPB

Brasil registra 2.531 mortes por Covid em 24 h e passa de 15 milhões de casos

O Brasil registrou 2.531 mortes pela Covid-19 e 72.559 casos da doença, nesta quinta-feira (6). O país, dessa forma, chega a 15.009.023 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

Até o momento, o Brasil já soma 417.176 óbitos. Na última quinta (29), o país ultrapassava 400 mil vidas perdidas.

A média móvel se encontra em 2.251 mortes por dia, uma situação de estabilidade em relação ao dado de duas semanas atrás. A média completa 51 dias acima de 2.000 mortes por dia e 106 acima de 1.000. Ela é um instrumento estatístico que busca amenizar variações nos dados, como os que costumam acontecer aos finais de semana e feriados. O dado é calculado pela soma das mortes dos últimos sete dias e pela divisão do resultado por sete.

Os dados do país, coletados até as 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diariamente com as secretarias de Saúde estaduais.

Foram atualizadas as informações repassadas sobre a vacinação contra a Covid-19 por 24 estados e o Distrito Federal.

Nesta quinta, foram registradas 1.111.706 doses aplicadas da vacina contra a Covid, 816.099 primeiras doses e 295.607 segundas.

Já foram aplicadas no total 51.555.502 doses de vacina (34.220.432 da primeira dose e 17.335.070 da segunda dose), de acordo com as informações disponibilizadas pelas secretarias de Saúde.

Com os dados vacinais desta segunda, 21,27% da população com mais de 18 anos recebeu a 1ª dose da vacina contra a Covid e 10,77% recebeu a segunda.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.

ClickPB

Paraíba confirma 25 mortes e 1.190 novos casos de Covid-19 nesta quinta

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) registrou, nesta quinta-feira (06), 1.190 casos de Covid-19. Também foram confirmados 25 novos óbitos desde a última atualização, sendo 16 nas últimas 24h. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde ao ClickPB desde a última atualização, 100 (8,4%) são casos de pacientes hospitalizados e 1.090 (91,59%) são leves. 

Agora, a Paraíba totaliza 298.776 casos confirmados da doença, que estão distribuídos por todos os 223 municípios. Até o momento, 844.754 testes para diagnóstico da Covid-19 já foram realizados.

Os óbitos ocorreram entre os dias 18 de janeiro e 06 de maio de 2021, sendo 03 deles em hospitais privados e os demais em hospitais públicos. Com isso, o estado totaliza 6.964 mortes. O boletim registra ainda um total de 206.383 pacientes recuperados da doença.

Concentração de casos

Cinco municípios concentram 473 novos casos, o que corresponde a 39,74% dos casos registrados nesta quinta. 

São eles: 

  • João Pessoa, com 225 novos casos, totalizando 80.393; 
  • Sousa, com 76 novos casos, totalizando 5.769; 
  • Esperança, com 73 novos casos, totalizando 2.829; 
  • Campina Grande, com 57 novos casos, totalizando 27.055; 
  • Arara, com 42 novos casos, totalizando 665.

Dados oficiais preliminares (fonte: e-sus VE, Sivep Gripe e SIM) extraídos às 10h do dia 06/05/2021, sujeitos a alteração por parte dos municípios.

Óbitos

Até esta quinta, 215 cidades paraibanas registraram óbitos por Covid-19. Os 25 óbitos confirmados neste boletim ocorreram entre residentes dos municípios de Cacimba de Areia (1), Campina Grande (1), Conde (3), Coremas (1), Esperança (1), Guarabira (1), João Pessoa (10), Juarez Távora (1), Princesa Isabel (1), Santa Rita (1), Solânea (1), Soledade (1), Sousa (1) e Teixeira (1).

As vítimas são 14 homens e 11 mulheres, com idades entre 42 e 92 anos. Diabetes foi a comorbidade mais frequente e 07 não tinham comorbidades.

Ocupação de leitos Covid-19

A ocupação total de leitos de UTI (adulto, pediátrico e obstétrico) em todo o estado é de 60%. Fazendo um recorte apenas dos leitos de UTI para adultos na Região Metropolitana de João Pessoa, a taxa de ocupação chega a 51%. Em Campina Grande estão ocupados 71% dos leitos de UTI adulto e no sertão 75% dos leitos de UTI para adultos. De acordo com o Centro Estadual de Regulação Hospitalar, 66 pacientes foram internados nas últimas 24h. Ao todo, 702 pacientes estão internados nas unidades de referência.

Cobertura Vacinal

Foi registrado no sistema de informação SI-PNI a aplicação de 1.032.670 doses. Até o momento, 702.276 pessoas foram vacinadas com a primeira dose e 330.394 com a segunda dose da vacina. Um total de 1.373.198 doses já foram distribuídas.

ClickPB

Bebê de cinco meses morre asfixiado com sacola no Sertão da Paraíba

Um bebê de 5 meses morreu na manhã desta quinta-feira (6), em Teixeira, região metropolitana de Patos, no Sertão da Paraíba.

De acordo com informações da Polícia Militar, a mãe alimentou a criança e a deixou para dormir sob cuidados do irmão. Quando voltou, a criança estava com secreção no nariz e não apresentava respiração. 

A criança chegou a ser socorrida para uma unidade hospitalar, mas não resistiu e veio a óbito.

A Prefeitura de Teixeira emitiu uma nota lamentando a morte da criança e solidarizando com os familiares.

A mãe da criança prestou depoimento. Ela informou que era comum entregar uma sacola para a criança brincar. Até agora, a suspeita é que a morte da criança tenha sido acidental.

A Polícia Civil vai investigar o caso.

ClickPB

Paraíba recebe mais de 70 mil doses de vacina contra Covid-19

A Paraíba recebeu, no fim da tarde desta quinta-feira (6), mais de 70 mil doses de vacina contra a Covid-19.

A carga totaliza 70.500 doses da vacina Astrazeneca/Oxford. 

As doses serão distribuídas para os municípios nesta sexta-feira (7), a partir das 7h da manhã, seguindo a logística por meios aéreo e terrestre.

ClickPB

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Jacarezinho: o que se sabe sobre operação policial que deixou ao menos 25 mortos no Rio

A operação da Polícia Civil começou na manhã desta quinta-feira (06/05)

Ao menos 25 pessoas, incluindo um policial civil, foram mortas num tiroteio no Rio de Janeiro.

A ação aconteceu durante uma operação policial na favela de Jacarezinho, na Zona Norte do município.

A Polícia Civil afirma que lançou a operação após receber denúncias de que traficantes locais estariam aliciando crianças e adolescentes para a prática de ações criminosas.

Dois passageiros do metrô foram atingidos - um por bala perdida e outro por estilhaços de vidro - mas sobreviveram.

A Polícia Civil confirmou a morte do policial André Leonardo de Mello Frias durante a operação.

Num post no Facebook, a Secretaria de Polícia Civil afirmou que Frias "honrou a profissão que amava e deixará saudade" e que "lamenta, ainda, pelas vítimas inocentes atingidas no metrô".

Um morador foi atingido no pé, dentro de casa, e passa bem. Dois policiais civis também se feriram.

Entidades de direitos humanos condenaram a operação e pedem que eventuais irregularidades sejam investigadas.

Em rua da favela cheia de moradores e policiais, mulheres choram em escada

CRÉDITO,REUTERS/RICARDO MORAES

Legenda da foto,

De acordo com grupo de estudos Geni-UFF (Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense), a operação policial desta quinta-feira foi a mais letal da história do Rio de Janeiro

Em coletiva de imprensa, a Polícia Civil negou que tenham acontecido execuções durante a operação e criticou o que chamou de "ativismo judicial" que estaria impedindo uma presença maior do Estado nas comunidades.

Segundo o Geni-UFF (Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense), a operação policial desta quinta-feira foi a mais letal da história do Rio de Janeiro, superando os recordes anteriores registrados na Vila Operária em Duque de Caxias (23 mortos em janeiros de 1998), no Alemão (19 mortos em junho de 2007) e em Senador Camará (15 mortos em janeiro de 2003).

Conforme o grupo de pesquisa, desde 1989, foram identificadas 23 operações policiais com 10 ou mais mortos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

"O episódio de hoje nos leva a lamentar que a Polícia Civil tenha agido como um grupo de extermínio e não como órgão de segurança pública. Realizaram uma operação absolutamente desastrosa", declararam os pesquisadores da UFF em nota oficial. "Os danos causados pela operação são infinitamente mais graves do que os crimes que ela pretendia combater."

O que diz a Polícia Civil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro comunicou por volta das 7h30 da manhã desta quinta-feira (06/05) a realização de uma operação contra traficantes no Jacarezinho.

Segundo o comunicado, a polícia identificou, através de trabalho de inteligência e fazendo uso de quebra de sigilos autorizada pela Justiça, 21 integrantes da quadrilha, responsáveis por garantir o domínio do território através do uso de armas.

"Foi possível caracterizar a associação dessas pessoas com a organização criminosa que domina a região, onde foi montada uma estrutura típica de guerra provida de centenas de 'soldados' munidos com fuzis, pistolas, granadas, coletes balísticos, roupas camufladas e todo tipo de acessórios militares", afirmou a polícia.

Ainda conforme a corporação, a região do Jacarezinho é considerada um dos quartéis-generais da facção Comando Vermelho na Zona Norte do Rio de Janeiro.

"Em razão da dificuldade de se operar no terreno, por conta das barricadas e das táticas de guerrilha realizadas pelos marginais, o local abriga uma quantidade relevante de armamentos", diz a nota oficial.

"Além do uso das mencionadas práticas típicas de guerra, em dezembro de 2020 e abril de 2021, os criminosos do Jacarezinho sequestraram trens da SuperVia, demonstrando que a sua forma de atuação se assemelha àquelas empregadas por grupos terroristas", conclui o documento.

Policiais caminham pelas ruas da favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro

CRÉDITO,MAURO PIMENTEL/AFP/GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Policiais caminham pelas ruas da favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro

STF proibiu operações em favelas durante a pandemia

A operação desta quinta-feira no Jacarezinho acontece apesar de decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que suspendeu, desde junho de 2020, operações policiais em favelas do Rio de Janeiro durante a pandemia.

A decisão permite ações apenas em "hipóteses absolutamente excepcionais". Para isso, os agentes precisam comunicar ao Ministério Público sobre o motivo da operação.

Conforme reportagem do UOL do início de abril, a proibição pelo STF às operações em favelas reduziu em 34% o número de mortes por agentes de segurança na região metropolitana do Rio de Janeiro em 2020. Foi a primeira queda registrada desde 2013.

Conforme a plataforma digital Fogo Cruzado, que registra dados da violência no Rio, o único caso de operação policial com mais mortes foi em uma operação na Baixada, em 2005, que resultou em 29 óbitos. Essa operação, no entanto, foi realizada por policiais à paisana e é considerada extraoficial, diferentemente da ação desta quinta-feira, que tratou-se de uma operação oficial.

Em terceiro lugar estaria uma chacina ocorrida em Vigário Geral, em 1993, com 21 mortos; seguida por operação na Vila Vintém, em 2009, que resultou em 19 mortos.

Ainda conforme a plataforma Fogo Cruzado, desde a decisão do STF, em 6 de junho de 2020, foram registrados 21 tiroteios ou disparos de arma de fogo em Jacarezinho, sendo sete deles em operações policiais.

Pule Twitter post, 1

Final de Twitter post, 1

Na nota no Facebook sobre a morte do policial civil André Frias, a Secretaria de Polícia Civil defendeu a necessidade das operações em favelas.

"A ação foi baseada em informações concretas de inteligência e investigação. Na ocasião, os criminosos reagiram fortemente. Não apenas para fugir, mas com o objetivo de matar", escreveu o órgão, na postagem.

"Infelizmente, o cenário de guerra imposto por essas quadrilhas comprova a importância das operações para que organizações criminosas não se fortaleçam."

Entidades de direitos humanos pedem investigação

Sentados em frente a loja fechada, mãe e filho observam policial ao lado apontando arma grande

CRÉDITO,REUTERS/RICARDO MORAES

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'O que está acontecendo agora no Jacarezinho é uma chacina', afirmou a Anistia Internacional

Entidades ligadas à defesa dos direitos humanos pediram a investigação de eventuais abusos que tenham sido cometidos na ação policial desta quinta-feira.

"O Ministério Público do Rio de Janeiro deveria iniciar imediatamente uma investigação minuciosa e independente da operação deflagrada hoje (6) na comunidade de Jacarezinho", declarou em nota a organização não-governamental Human Rights Watch.

"Apenas no primeiro trimestre deste ano, a polícia do Rio de Janeiro matou 453 pessoas e ao menos 4 policiais morreram em ações policiais, mesmo com uma decisão do Supremo Tribunal Federal que proíbe operações em comunidades durante a pandemia de Covid-19", lembrou a entidade.

A divisão brasileira da Anistia Internacional também se manifestou sobre o caso.

"A população negra e moradora de favelas e periferias tem seus direitos humanos violados sistematicamente. O que está acontecendo agora no Jacarezinho é uma chacina", declarou a entidade, que cobrou posicionamentos do governador do Rio, Claudio Castro (PSC), e do STF.

O Instituto Marielle Franco, fundado pela família da vereadora do Rio assassinada a tiros em 2018, afirmou em uma rede social: "A chacina do Jacarezinho é o retrato fiel das barbaridades que acontecem nas favelas do Rio. O governo do Estado não garante direitos básicos à população e só se faz presente assim: com mortes!"

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou que "está acompanhando com muita atenção os desdobramentos da operação policial que deixou 25 mortos na manhã desta quinta-feira" e disse que está ouvindo os moradores e apurando as circunstâncias da operação, "a fim de avaliar as medidas individuais e coletivas a serem adotadas".

Polícia civil nega execuções e fala em 'ativismo judicial'

Policiais civis se protegem nos muros de estabelecimentos comerciais durante a operação

CRÉDITO,MAURO PIMENTEL/AFP/GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Policiais civis se protegem nos muros de estabelecimentos comerciais durante a operação

Em coletiva de imprensa no fim da tarde desta quinta-feira, representantes da Polícia Civil do Rio de Janeiro negaram que tenham acontecido execuções ou irregularidades na operação que terminou com 25 mortos em Jacarezinho.

Questionado sobre a decisão do STF que inibiu operações policiais em favelas durante a pandemia, Rodrigo Oliveira, subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil, afirmou que a medida judicial não impede as operações, mas estabelece uma série de protocolos para que elas sejam realizadas.

Segundo ele, todas as medidas necessárias para justificar a operação foram previamente cumpridas.

"Num único inquérito a gente ter 21 mandados de prisão, eu acho que [indica que] o Tribunal de Justiça tem conhecimento suficiente de todas as provas que foram produzidas", afirmou.

"Não foi uma diligência exclusiva da polícia civil, mas foi submetida ao crivo do Ministério Público e, depois, ao Judiciário. E vieram esses 21 mandados de prisão, então está cristalino que houve consentimento recebido."

Quanto às denúncias de invasões de casas de moradores e supostos abusos cometidos pelos policiais durante a operação, o delegado Fabrício Oliveira, coordenador da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil), disse que foram os criminosos que invadiram as casas.

"A partir daí, atendendo a pedidos de socorro dos moradores, a polícia foi até o local e conseguiu prender alguns criminosos e confrontar outros, que acabaram falecendo em confronto com a polícia", disse Oliveira.

Segundo ele, quanto a um rapaz fotografado morto em uma cadeira de plástico, cuja imagem circulou amplamente nas redes sociais na tarde desta quinta-feira, sob acusações de que ele teria sido colocado sentado pelos policiais para servir de exemplo aos demais moradores, o delegado disse que se tratava de um "criminoso" e que o caso está sobre investigação.

Com relação ao policial morto com um tiro na cabeça, Oliveira disse que a morte ocorreu pois, quando a polícia deu início à operação às 6h da manhã, a comunidade estava cercada por barricadas que impediram o acesso dos quatro blindados usados na ação.

Por conta disso, uma equipe de oito policiais foi obrigada a desembarcar das viaturas. O policial André Frias teria sido executado nesse momento, ao se ver emboscado num beco.

Os representantes da polícia civil criticaram em diversos momentos da coletiva o que chamaram de "ativismo judicial" que, segundo eles, tem impedido a presença do Estado, através da polícia, nas comunidades. Questionados mais de uma vez se estavam se referindo ao STF, os policiais disseram que não iriam nomear nenhuma pessoa ou instituição.

"Seria muito leviano da nossa parte nomear 'A, B, C ou D', mas o que a gente enxerga é que há diversas organizações que buscam através do discurso impedir o trabalho da polícia", disse Oliveira. "Essas entidades ou pessoas definitivamente não estão no mesmo barco que nós. Pessoas que pensam dessa forma ou estão mal intencionadas ou mal informadas."

Questionados sobre a elevada letalidade da operação, Oliveira disse que isso é fruto de a polícia não estar operando sempre nas comunidades.

"Se a gente estivesse operando sempre, o tráfico não teria tanta tranquilidade, não estaria tão bem equipado, tão bem armado e tão bem provido de segurança, inclusive com obras de engenharia. Então, o fato de não estarmos fazendo essas incursões, no momento em que se faz, a tendência é que isso [a letalidade] aumente." (BBC)

JUSTIÇA CASSA DOPLOMA DE PREFEITO ELEITO EM ÁGUAS BELAS E PT EMITE NOTA DE SOLIDARIEDADE

A Justiça eleitoral do Estado de Pernambuco, acolhendo pedido de abuso do poder político e econômico cassou o diploma do prefeito do município da cidade de Águas Belas, no agreste do Estado, a decisão também pegou sua vice, Eniale de Codinho.

O Partido dos Trabalhadores emitiu no último dia 5 uma nota de solidariedade, que foi enviada ao Tribuna do Moxotó: veja a nota:

NOTA DE SOLIDARIEDADE

O PT Pernambuco recebeu com surpresa, nesta quarta-feira (5), a notícia da cassação do diploma do prefeito do município de Águas Belas (PE), Luiz Aroldo, e de sua vice, Eniale de Codinho (PSD), cujos mandatos foram legitimamente conquistados nas urnas nas eleições de 2020.

A decisão foi do juiz eleitoral Rômulo Macedo Bastos, da 64ª Zona Eleitoral do Estado, acolhendo um pedido baseado em suposto abuso do poder político e econômico

Gestor exemplar em todos os cargos que ocupou, cujo reconhecimento o levou à reeleição no ano de 2020, Luiz Aroldo é vítima de injustiça. O PT-PE acredita na inocência do companheiro e promete se empenhar na utilização de todos os mecanismos jurídicos, políticos e sociais na defesa dos mandatos do prefeito e de sua vice garantindo que o voto dos cidadãos e das cidadãs águas-belenses e os interesses coletivos sejam respeitados.

Recife, 5 de maio de 2021.
DORIEL BARROSPRESIDENTE DO PT-PE (Tribuna do Moxotó)

PF desarticula quadrilha que comandava tráfico internacional de drogas

Policiais federais cumpriram nesta quinta-feira (6) 110 mandados judiciais – 38 de prisão e 72 de busca e apreensão – em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amazonas, Maranhão, Pará, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. A ação faz parte da Operação Grão Branco, cujo alvo é uma quadrilha responsável por tráfico internacional de drogas.

A 1ª Vara da Justiça Federal de Cáceres (MT) determinou ainda a busca e apreensão de dez aeronaves e o sequestro de todos os bens de 103 pessoas físicas e jurídicas investigadas. O valor total de bens sequestrado está sendo apurado.

Como foi o início da investigação

As investigações tiveram início em janeiro de 2019, quando a Polícia Federal (PF) e o Grupo Especial de Fronteira – Gefron, de Mato Grosso – apreenderam 495 kg de cocaína no município de Nova Lacerda (MT). Na operação, foram realizados mais de dez flagrantes com apreensão de aproximadamente quatro toneladas de cocaína, aeronaves e veículos utilizados no transporte e a prisão de mais de 20 pessoas envolvidas com o crime.

“O líder da organização criminosa, já condenado por tráfico de drogas,  encontrava-se foragido da justiça brasileira e controlava toda a logística do transporte da droga a partir de uma mansão em um condomínio de luxo em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, desde a saída da droga daquele país por meio de aeronaves, até o recebimento dela em pistas clandestinas no Brasil, o carregamento em carretas e a entrega em grandes centros do Brasil”, disse a PF, em nota.

Em 2020, por meio de uma cooperação internacional com a Polícia Boliviana (Cerian – Centro Regional de Inteligência Antinarcóticos), o líder foi expulso do país e entregue às autoridades brasileiras, iniciando o cumprimento da pena pelo crime. Ao mesmo tempo, seus familiares e outros integrantes da organização criminosa continuaram  comandando a logística de transporte da droga.

O nome do líder da organização criminosa não foi divulgado. O nome da Operação Grão Branco deve-se ao transporte de grãos (soja, milho) de Mato Grosso para São Paulo para justificar as viagens das carretas que transportavam a cocaína.

Agência Brasil

Cirurgias são adiadas por falta de sangue nos estoques de hospitais da Paraíba e Hemocentro apela para doações

Quem está internado lutando pela vida ou na fila para fazer uma cirurgia enfrenta mais um problema, a falta de sangue nos estoques dos hospitais da Paraíba que está causando a suspensão dos procedimentos cirúrgicos. Essa realidade pode ser transformada com o simples ato de doar sangue em um dos Hemocentros em Campina Grande, João Pessoa, e nos Hemonúcleos espalhados pelo Estado.

Em entrevista nesta quarta-feira (5), a Diretora técnica do Hemocentro da Paraíba, Valéria Lucena Limeira, alertou que diversas cirurgias já foram suspensas por falta de estoque de sangue nos hospitais da Paraíba. Ela fez um apelo para doações urgentes de sangue A- e O-, pois não há mais desse tipo em estoque. “Apelamos para que doadores compareçam com urgência para fazerem doações de sangue tipos A- e O-, e outros tipos também”, apelou.

De acordo com ela, além da queda nas doações causada pela pandemia, também a outro fator, o do tratamento da doença que exige um banco de estoque de doações com alta capacidade. “Não estamos conseguindo fazer as doações que tínhamos antes da pandemia. Com a Covid-19, a demanda está sendo muito maior. Nosso estoque está negativo. Antes, na faixa de 180 a 200 doações, era o que fazíamos antes da pandemia, agora varia na média de 80 a 90”, destacou.

Para doar sangue é muito simples. O candidato deve fazer o agendamento por mensagem de WhatsApp para o telefone (83) 3133-3473, em João Pessoa. A doação pode ser realizada de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h30, ou aos sábados das 7h às 12h, no Hemocentro Coordenador de João Pessoa, localizado na Avenida Dom Pedro II, 1548, Jaguaribe, do lado da Secretaria de Saúde do Estado e no Hemocentro Regional de Campina Grande.

Outra opção é a doação em um dos Hemonúcleos espalhados pelo Estado que funcionam de segunda a sexta-feira das 7h às 12h, em Guarabira, Patos, Cajazeiras, Catolé do Rocha, Sousa, Piancó e Itaporanga.

Confira abaixo os requisitos básicos para doação de sangue:                     

·   Pesar no mínimo 50kg;
·   Ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas;
·  Estar alimentado (evitar alimentação copiosa e gordurosa nas 3 horas que antecedem a doação);
·   Apresentar documento original com foto recente, que permita a identificação do doador;
·   Para os menores de idade é necessário estar acompanhado do pai ou da mãe;
·   Quem mora ou visitou a cidade de Conde e suas praias estão impedidos temporariamente de doar;
·  Quem fez tatuagem, micropigmentação ou colocou piercing pode doar após 12 meses de realização do procedimento.
·   Endoscopia impede a doação por 6 meses
·  Candidatos à doação que tiveram Covid-19, estando totalmente sem sintomas da doença, podem doar sangue 30 dias após a cura
·   A vacina contra a Covid-19 Astrazeneca impede a doação por 7 dias e a Cononavac por 48h. (Cariri Ligado)

14 municípios do Cariri já atingiram meta de vacinação contra a covid-19

Pelo menos 48 municípios paraibanos já atingiram a meta de vacinação contra a covid-19, tendo vacinado mais de 90% do público-alvo com duas doses do imunizante. Os dados são da Avaliação de Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19, enviada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e foram atualizados até às 8h do dia 3 de maio.

Com isso, 21,5% dos 223 municípios paraibanos já atingiram a meta de imunização dos grupos prioritários já elencados para a vacinação.

Na região do Cariri, 14 municípios já atingiram meta de vacinação contra a covid-19.

São eles: Amparo, Areia, Barra de São Miguel, Bernardino Batista, Boa Ventura, Boa Vista, Bom Jesus, Camalaú, Conceição, Congo, Coxixola, Curral de cima, Damião, Emas, Itaporanga, Juru, Lastro, Marizopolis, Matureia, Monteiro, Nazarezinho, Olho D’água, Ouro Velho, Parari, Pedra Branca, Pirpirituba, Prata, Quixaba, Riacho de Santo Antônio, Salgado de São Félix, Santa Teresinha, Santana de Mangueira, São Francisco, São João do Cariri, São José da Lagoa Tapada, São José de Caiana, São José de Piranhas, São José do Bonfim, São José do Brejo do Cruz, São Mamede, São Sebastião do Umbuzeiro, Sapé, Soledade, Sossego, Tavares, Teixeira, Umbuzeiro, Zabelê.

Alguns municípios atingiram a meta apenas na aplicação da primeira dose, mas ainda não conseguiram atingir todo o público que deveriam com a segunda dose da vacina. Não é possível saber, porém, se estas segundas doses estariam atrasadas, pois não há registro de quando a primeira dose foi aplicada.

Alguns municípios aparecem no informativo como tendo utilizado mais de 100% das doses de vacinas recebidas. De acordo com a SES, pode ter havido erro de digitação nesses casos. Outra possibilidade é que os municípios tenham usado vacinas destinadas à segunda dose como primeira dose. A SES destacou que os dados não são consolidados e, portanto, pode haver erros e alterações posteriores.

Primeiro Oficial de Justiça da comarca de Monteiro completa 85 anos de idade

O insubstituível Israel Bezerra da Silva, mais conhecido como ‘Raé Oficial’, está completando seus 85 anos de idade nesta quinta-feira (06). Hoje aposentado, ele foi o primeiro Oficial de Justiça nomeado para a Comarca de Monteiro, no mês de maio de 1970, uma época em que não existia internet e todos os processos eram físicos. Rodava a cidade inteira com sua pasta 007 a tira colo para cumprir seus mandados e obrigações, sempre a passos largos ou em sua bicicleta Monark barra circular. Recebe hoje os parabéns do queridinho da região, que o deseja muitos anos de vida e saúde sobrando.

Na foto acima, o oficial Olimpio Ôiô, o juiz Dr. Gilberto Rolim e Raé Oficial. Já na foto abaixo, está ladeado por seu filho Daniel Henrique. (Cariri Ligado)