quarta-feira, 2 de junho de 2021

Famílias contraem dívidas milionárias na busca por leitos particulares de UTI e tratamentos contra a Covid

Sem leitos de UTI disponíveis e sem acesso a tratamentos específicos, parentes de infectados pela Covid-19 recorreram a hospitais particulares e a terapias específicas, sobretudo durante a segunda onda da pandemia. Segundo o relato de famílias de pacientes, contas em valores milionários e falta de apoio dos convênios mostram um outro lado dos dramas da pandemia.

De acordo com o Relatório Covid-19, divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no período entre 3 de março de 2020 e 23 maio de 2021 foram registradas 21.783 mil reclamações sobre o atendimento a pacientes da Covid. A maior parte (12.322) tratava da negativa ou ausência de rede disponível para exames e tratamento.

 — Foto: ANS

— Foto: ANS

A família Hilgemberg é uma das que atualmente enfrenta um desdobramento da busca por atendimento no começo deste ano: sem encontrar hospitais que dispusessem de leitos de UTI e ECMO na rede credenciada do seu plano de saúde em Ponta Grossa (PR), a família optou por transferir o patriarca para a capital paulista. Ao fim do período de internação, a dívida: uma conta avaliada em mais de R$ 1,8 milhão.

O tratamento com ECMO – Oxigenação por Membrana Extracorpórea – tem sido utilizado em casos graves de Covid-19, onde o pulmão do paciente se torna incapaz de absorver o oxigênio. O equipamento age como um pulmão artificial e oxigena o sangue fora do corpo.

Este tipo de tratamento é o mesmo pelo qual o ator Paulo Gustavo passou. Entenda no vídeo abaixo como ele funciona.

VÍDEO: Entenda como funciona a ECMO, terapia feita em Paulo Gustavo

Terapia cara

Embora seja fundamental para a respiração, a terapia não é barata e tampouco é facilmente encontrada. O custo para o paciente vai depender da gravidade do caso, do tempo de uso e do hospital. Segundo a Sociedade Internacional Extracorporeal Life Support Organization (Elso), responsável por interligar os centros que oferecem a terapia, existem apenas 29 centros registrados no Brasil.

Entre os poucos hospitais que possuem o equipamento necessário para a ECMO está o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para onde o produtor rural Osmar Hilgemberg Junior foi transferido.

Junior, que completaria 65 anos no mês de junho, morreu em 28 de fevereiro em decorrência de uma trombose no fígado, consequência indireta dos tratamentos para a Covid-19.

A família suspeita que Junior tenha contraído o vírus da Covid-19 na cerimônia de posse da prefeita e dos vereadores eleitos em 2020, onde assumiu o cargo de Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná.

O evento aconteceu em 1° de janeiro. Junior foi hospitalizado no dia 11.

Dívidas milionárias

As contas a pagar começaram a surgir quando Junior ainda estava em Ponta Grossa e os parentes decidiram por uma transferência. O então recém-nomeado secretário do município foi intubado dois dias após ter dado entrada no Hospital Geral da Unimed, pertencente ao plano de saúde da família.

Assim ele permaneceu por duas semanas até que os médicos informaram aos familiares que seria necessário o uso de ECMO.

Osmar Hilgemberg Junior em celebração com o filho antes da pandemia — Foto: Arquivo pessoal

“Os médicos explicaram que não havia mais nada a ser feito a não ser transferi-lo para outro hospital. Ou transferia ou ele viria a óbito”, conta Osmar Hilgemberg Neto, que leva o mesmo nome do pai.

Como nenhum hospital na região tinha o equipamento necessário para a terapia, os familiares passaram a buscar vagas em outros estados. Com medo de que a demora no sistema de autorização do plano de saúde agravasse a situação do patriarca, a família assumiu o ônus de interná-lo em um hospital particular.

Consultada pelo G1, a Unimed informou que não possui registros de qualquer solicitação de liberação de tratamento para o paciente (veja mais detalhes abaixo).

A família conseguiu uma vaga no Hospital Israelita Albert Einstein perante o pagamento inicial de R$ 185 mil para “garantir a reserva”, como explicou Neto. Junior foi transferido para São Paulo por meio de uma UTI aérea já com a ECMO em funcionamento, a um custo de R$ 20,5 mil o translado e R$ 100 mil da equipe médica.

“A médica falou que se ele não começasse a ECMO no dia seguinte, ele morreria. Não tinha como eu aguardar uma semana ou dez dias para abrir protocolo com o convênio. Enquanto ele estava internado, demos início à papelada, mas eles pediram tantos documentos que, nesse meio tempo, a vida do meu pai acabou”, conta Neto.

Consultado pelo G1, o Hospital Israelita Albert Einstein informou que “salvos em casos de urgência e emergência, o Einstein solicita aos pacientes sem planos de saúde, no momento de sua entrada no hospital, o pagamento parcial antecipado em qualquer tipo de internação, não apenas nas relativas à Covid-19. Esta forma de pagamento é comum a outros hospitais privados”.

O caso não é isolado. A família Santos passou por uma situação semelhante ao internar o patriarca, o advogado Aparecido dos Santos, de 64 anos, no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Segundo a família, o advogado estava em um hospital pertencente ao Grupo NotreDame Intermédica, que não realizava a terapia com ECMO, embora fosse indicada para o seu tratamento. A família tentou a transferência de Santos para o Hospital Alemão, que fazia parte da rede credenciada, mas o pedido foi negado pela administradora.

Procurado pelo G1, o Grupo Notre Dame Intermédica afirmou que não irá se manifestar sobre o caso do paciente Aparecido dos Santos.

Os familiares internaram Aparecido como paciente particular no Hospital Oswaldo Cruz. Para internação em caráter particular nesse hospital, os filhos precisaram adiantar o valor de R$ 100 mil.

Santos permaneceu 42 dias internado, até a data do seu falecimento, no dia 26 de fevereiro. Atualmente, a família possui uma dívida de mais de R$ 1,2 milhão com o hospital.

Consultado pelo G1, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz informou que solicita o pagamento adiantado “apenas nos casos particulares, não cobertos por planos de saúde, e que não decorrem de atendimentos presenciais de urgência ou emergência” (veja mais abaixo).

O advogado Aparecido dos Santos Bonano em sua última festa de aniversário — Foto: Arquivo pessoal

“Quando a gente vê na TV as estatísticas, você enxerga números, até que esse número se torna alguém que você ama. Quando é o teu ente, não importa, ele não é um número, não é um artigo indefinido. Por isso, você faz qualquer coisa, qualquer coisa pra você ter aquela pessoa junto com você”, comenta Adriana Bonano Santos, filha de Aparecido.

Custos adicionais à internação

Na visão de quem acompanha as famílias, o momento da internação e todas as preocupações envolvidas não ajudam na análise das condições envolvidas.

“[O contrato] é praticamente um cheque em branco. O hospital diz para o paciente que vai cobrar um valor referente à parte hospitalar, mas nessa conta não estão incluídos os honorários da equipe médica”, afirma Rafael Robba, advogado especializado em direito da saúde.

“Durante o período de internação, pagamos diárias de R$ 1.600 para cada um dos três médicos que cuidavam do meu pai. Os pagamentos eram realizados a cada duas semanas”, revela Neto.

Já na primeira quinzena de internação, a conta do hospital que era esperada apenas no final do tratamento chegou e já somava cerca de R$ 800 mil. A família, que já havia realizado o pagamento da taxa inicial de internação, da UTI aérea e dos médicos, precisou realizar uma vaquinha para conseguir adiantar parte do valor devido.

De acordo com Robba, os hospitais não podem parar o tratamento e nem pedir que o paciente internado se retire por conta da ausência de pagamento das contas parciais.

“O hospital pode cobrar a conta, mas se a forma que a cobrança foi feita colocar em risco a saúde ou a vida do beneficiário, seja por meio de uma ameaça de transferência ou de suspensão de atendimento, isso pode ser considerado uma prática abusiva”, esclarece Robba.

É considerado crime, de acordo com o Código Penal (Art. 135-A), caso um hospital se negue ou condicione o atendimento de urgência a uma cobrança de valores iniciais. Nestes casos, o atendimento é realizado e, assim que o paciente estiver fora de risco de vida, ele pode ter a sua transferência realizada para o SUS ou hospital de sua preferência. Os valores do atendimento serão cobrados posteriormente.

“A cobrança dessa taxa inicial não pode, de forma alguma, impedir o atendimento de urgência”, afirma Robba.

Em caso de dívida, os hospitais podem entrar com uma ação contra o inadimplente por um período de até cinco anos. Depois que o processo for aberto por parte do hospital, essa dívida não será perdoada pelas instituições bancárias ou pela Justiça.

Reclamações sobre os planos de saúde

Cobrança do Hospital Israelense Albert Einstein enviada à família Hilgemberg — Foto: Arquivo pessoal

Cobrança do Hospital Israelense Albert Einstein enviada à família Hilgemberg — Foto: Arquivo pessoal

O saldo total devedor da família Hilgemberg ao Hospital Israelita Albert Einstein, descontando os valores pagos previamente, é de R$ 1.210.768,29. No Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a família Santos deve R$ 1.287.050,91.

As duas famílias afirmam que buscam na Justiça que as contas hospitalares sejam pagas pelos seus respectivos planos de saúde.

Histórias como essas não são incomuns. De acordo com o Relatório Covid-19, divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no período entre 03 de março de 2020 e 23 maio de 2021 foram registradas 21.783 mil reclamações relacionadas à serviços de atendimento ao coronavírus.

A maior parte das reclamações (12.322) se referem à negativa ou ausência de rede para exames e tratamento para pacientes com Covid. A inadimplência, tanto para planos individuais ou familiares quanto para coletivos, continuam próximos dos níveis históricos.

“Destaca-se que em fevereiro de 2021, assim como em maio e outubro de 2020 e janeiro de 2021, foram identificados valores mais elevados de inadimplência, contudo, não impactando na mesma proporção os valores de receitas com contraprestações apresentadas para o mesmo período”, afirmou a Agência no boletim Covid-19 de março deste ano.

O que dizem os planos de saúde

G1 procurou o Grupo Notre Dame Intermédica e a Unimed de Ponta Grossa para esclarecer a situação das famílias. Em nota enviada pela assessoria de imprensa, o Grupo Notre Dame Intermédica afirmou que não irá se manifestar sobre o caso do paciente Aparecido dos Santos.

Já a Unimed afirma que não possui registros de qualquer solicitação de liberação de tratamento.

“Em relação ao caso específico citado pela reportagem, a Unimed Ponta Grossa esclarece que não houve registro de qualquer solicitação de liberação de tratamento mencionado para o cliente junto à operadora, nem tampouco reembolso. Reforça que tem sua rede própria e credenciada toda preparada e focada na assistência de qualidade aos seus clientes durante a pandemia de Covid19, e que o compromisso é com uma assistência de qualidade, satisfação dos clientes e o melhor resultado possível diante desta complexa patologia que todos enfrentamos”.

O que dizem os hospitais

Consultado pelo G1, ambos os hospitais explicaram que o pagamento realizado pelas famílias não diz respeito à reserva de vagas, mas sim a um tratamento padrão exigido aos pacientes particulares, no momento anterior à internação, não assegurados por convênio médico.

Em nota, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) afirmou que a legislação impede o pagamento antecipado em caso de atendimento emergencial.

“A legislação impede o pagamento antecipado em qualquer caso de atendimento emergencial. Nos demais, trata-se de situação a ser acordada entre paciente, hospital e seguradora. Como entidade associativa, a Associação Nacional e Hospitais Privados (Anahp) não pode nem deve participar ou conhecer detalhes de operações comerciais ou financeiras de seus associados”.

O Hospital Israelita Albert Einstein informou ao G1 que solicita pagamento parcial antecipado de pacientes particulares sem plano de saúde em qualquer tipo de internação, não apenas nas relativas à Covid-19. Leia abaixo:

“Salvos em casos de urgência e emergência, o Einstein solicita aos pacientes sem planos de saúde, no momento de sua entrada no hospital, o pagamento parcial antecipado em qualquer tipo de internação, não apenas nas relativas à Covid-19. Esta forma de pagamento é comum a outros hospitais privados.

Os pacientes ou seus responsáveis podem solicitar a qualquer tempo informações sobre a conta hospitalar para monitorar as despesas e/ou realizar pagamentos parciais ao longo do período de internação”.

Em nota enviada ao G1, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz informou que o adiantamento do pagamento é um procedimento padrão exigido de todos os pacientes particulares, não cobertos por planos de saúde. Leia abaixo:

“O Hospital Alemão Oswaldo Cruz informa que não exige qualquer pagamento como forma de garantia de vaga em UTI. A instituição observa plenamente a legislação em vigor e não exige qualquer pagamento ou depósito a título de garantia para qualquer atendimento de urgência, e muito menos como forma de garantir uma vaga na UTI a um paciente desassistido.

O que se solicita, apenas nos casos particulares, não cobertos por planos de saúde, e que não decorrem de atendimentos presenciais de urgência ou emergência, caso do paciente mencionado na reportagem, é um princípio de pagamento estimado com base nos custos já previstos do tratamento.

“O referido paciente já se encontrava devidamente assistido em outra instituição hospitalar e foi solicitada sua a transferência para o Hospital Oswaldo Cruz. Seguindo o protocolo para este tipo de ocorrência, foi solicitada a realização de antecipação de pagamento relativo às despesas estimadas.

O valor solicitado a título de princípio de pagamento cobriu apenas um curto período de tempo de internação, representando pequena parcela do valor total da conta hospitalar”

g1

Enem 2021: edital é publicado; veja datas de inscrição e de aplicação das provas

O edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 foi publicado nesta quarta-feira (2) no Diário Oficial da União. Desta vez, diferentemente da edição anterior, as versões impressa e digital serão aplicadas nas mesmas datas (21 e 28 de novembro) e terão perguntas iguais.

Essa é uma forma de ganhar tempo na elaboração dos cadernos de questões, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Ao G1, especialistas haviam alertado, em maio, para o risco de haver comprometimento na qualidade e na segurança do Enem, por causa do prazo apertado.

O Inep menciona ainda as seguintes medidas para garantir que o cronograma seja cumprido:

  • otimização e encurtamento dos processos de transporte e armazenamento das provas, com novas estratégias seguidas pelos Correios;
  • prorrogação do contrato com a gráfica responsável pela edição de 2020, dispensando a necessidade de uma nova licitação.

Inscrições e datas

A inscrição deve ser feita na página do participante entre os dias 30 de junho e 14 de julho. Para quem não conseguiu a isenção, a taxa será de R$ 85.

Confira o cronograma:

  • Inscrições: 30/6 a 14/7
  • Pagamento da inscrição: até 19/7
  • Pedido de atendimento especializado: 30/6 a 14/7
  • Pedido de tratamento pelo nome social: 19 a 23/7
  • Provas: 21 e 28/11

Enem digital com adaptações

O candidato deve escolher, na inscrição, se deseja fazer a versão impressa (tradicional) ou a informatizada.

Ao todo, serão 101.100 vagas no Enem digital. É importante lembrar que ele é aplicado nos locais de prova — não existe a opção de prestar o exame em casa.

Desta vez, a versão computadorizada terá adaptações para candidatos com deficiência: prova superampliada e com contraste (voltada para pessoas com baixa visão), e locais de aplicação com acessibilidade. Na edição anterior, apenas a versão impressa oferecia essas opções.

Disciplinas e horários

Como nos últimos anos, o Enem será aplicado em dois domingos.

21 de novembro

O candidato deverá fazer:

  • 45 questões de linguagens;
  • 45 questões de ciências humanas;
  • e redação.

28 de novembro

A prova tem meia hora a menos:

  • 45 questões de matemática
  • e 45 questões de ciências da natureza.

Veja os horários de aplicação (no fuso de Brasília):

  • Abertura dos portões: 12h
  • Fechamento dos portões: 13h
  • Início das provas: 13h30
  • Término das provas no 1º dia: 19h
  • Término das provas no 2º dia: 18h30

Regras de prevenção à Covid-19

Mais uma vez, será obrigatório que os candidatos usem máscara durante a prova para reduzir o risco de contaminação por Covid-19.

No edital, também há a determinação para o uso de álcool em gel na higienização das mãos.

Não seguir os protocolos de prevenção leva à eliminação do estudante.

g1

Assessor de Salles alvo de operação da PF deixa o Ministério do Meio Ambiente

O governo federal exonerou do cargo, a pedido, Leopoldo Penteado Butkiewicz, assessor especial do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

A exoneração foi publicada no “Diário Oficial da União” (DOU) desta quarta-feira (2) e é assinada pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. Butkiewicz está entre os investigados na operação Akuanda, da Polícia Federal (PF), que apurou a exportação ilegal de madeira.

Na terça, Butkiewicz e mais seis investigados na operação haviam sido afastados do cargo por 90 dias. O ministro Ricardo Salles também foi um dos alvos da operação, mas permanece no cargo.

A operação apura a exportação ilegal de madeira para os Estados Unidos e a Europa. A investigação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que também determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Salles.

A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou na segunda (31) ao STF um pedido de abertura de inquérito para investigar o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (veja mais abaixo).

Ricardo Salles: veja as investigações contra o ministro do Meio Ambiente

Ricardo Salles: veja as investigações contra o ministro do Meio Ambiente

O afastamento por 90 dias dos investigados foi publicado na terça (1º) no Diário Oficial por meio de duas portarias. Uma foi assinada pelo ministro Luiz Eduardo Ramos, da Casa Civil, e outra, pelo ministro Ricardo Salles. Ambas determinam que os agentes públicos especificados deveriam ser afastados do exercício da função pública a partir do dia 19 de maio.

A portaria assinada por Luiz Eduardo Ramos determinou o afastamento de cinco agentes públicos, são eles:

  • Eduardo Fortunato Bim, presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama);
  • Olivaldi Alves Borges Azevedo, secretário-adjunto da Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente;
  • Leopoldo Penteado Butkiewicz, assessor especial do ministro do Meio Ambiente;
  • Olímpio Ferreira Magalhães, diretor de proteção ambiental do Ibama;
  • João Pessoa Riograndense Moreira Júnior, diretor de uso sustentável da biodiversidade e florestas do Ibama.

A portaria assinada por Ricardo Salles determinou o afastamento de dois agentes públicos, são eles:

  • Rafael Freire de Macedo, coordenador-geral de monitoramento do uso da biodiversidade e comércio exterior do Ibama;
  • Wagner Tadeu Matiota, superintendente de apurações de infrações ambientais do Ibama.

Pedido da PGR enviado ao STF

PGR pede ao Supremo abertura de inquérito para investigar ministro Ricardo Salles

PGR pede ao Supremo abertura de inquérito para investigar ministro Ricardo Salles

Ne segunda-feira (31) a PGR enviou ao STF um pedido de abertura de inquérito para investigar o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A relatora do caso será a ministra Cármen Lúcia. A assessoria do ministro disse que irá “esclarecer todos os fatos”.

O pedido foi feito com base em uma notícia-crime apresentada contra Salles pelo delegado Alexandre Saraiva, da Polícia Federal do Amazonas, por suspeita de que o ministro teria tentado atrapalhar a investigação sobre a maior apreensão de madeira da história e defender o interesse de madeireiros ilegais.

No pedido, o Ministério Público informou que quer apurar se o ministro do Meio Ambiente cometeu crimes como:

  • advocacia administrativa;
  • obstar ou dificultar a fiscalização ambiental;
  • impedir ou embaraçar a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

O documento enviado pela PGR ao Supremo é assinado pelo vice-procurador-geral, Humberto Jaques de Madeiros.

Em abril, Cármen Lúcia determinou que a PGR se manifestasse sobre duas notícias-crime apresentadas contra Salles, por suposta atuação para atrapalhar a apuração da maior apreensão de madeira do Brasil. A ministra apontou que os fatos narrados são de “gravidade incontestável” e que envolvem “tema de significação maior para a vida saudável do planeta, como é a questão ambiental”.

Operação da PF

PF afirma ao STF ter provas contra presidente afastado do Ibama e fortes indícios contra Salles

PF afirma ao STF ter provas contra presidente afastado do Ibama e fortes indícios contra Salles

Em 9 de maio, a PF deflagrou a Operação Akuanduba, que teve entre os alvos Ricardo Salles e Eduardo Bim, presidente Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A operação investiga exportação ilegal de madeira. Ao todo, foram expedidos 35 mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo e no Pará.

No ofício que desencadeou a operação, a Polícia Federal afirmou ao Supremo ver “fortes indícios” de que Salles esteja envolvido em um “grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais”.

Quando a operação foi deflagrada, Salles chamou a ação de “exagerada” e negou envolvimento em exportação ilegal de madeira.

g1

Proximidade dos festejos juninos faz Ministério Público recomendar proibição de fogueiras e fogos em 12 cidades do Sertão

Com a proximidade dos festejos juninos e a pandemia da covid-19 em alta, o Ministério Público da Paraíba recomendou, nesta terça-feira (1) a proibição de fogueiras e fogos em 12 cidades do Sertão. Segundo o MPPB, existe a necessidade de inibir o surgimento de problemas de saúde respiratórios provocado pela fumaça, o que pode ser um agravante no período de enfrentamento à covid-19, haja vista os problemas respiratórios decorrentes da inalação de fumaça e gases tóxicos liberados por fogueiras juninas e da queima de fogos.

A proibição por enquanto vale para as cidades de Sousa, Aparecida, São Francisco, Santa Cruz, Lastro, Vieirópolis, São José da Lagoa Tapada, Marizópolis, Nazarezinho, Uiraúna, Poço Dantas e Joca Claudino. O MPPB quer que esses municípios decretem a proibição do ato de acender fogueiras e queimar fogos de artifício, para evitar a exposição da população em geral à fumaça ou gases decorrentes desta utilização.

A recomendação foi expedida pelo promotor de Justiça Antônio Barroso Pontes, que atua na defesa do meio ambiente e patrimônio social. Ele destaca que a Lei Estadual 11.711/20 proíbe o ato de acender fogueiras nas áreas urbanas em todo o território estadual, enquanto perdurar a pandemia causada pelo novo coronavírus, visando impedir o agravamento das situações relacionadas à crise de saúde pública vivenciada.

Os municípios deverão fiscalizar o cumprimento das normativas estadual e municipal, responsabilizando os que descumprirem nas penas de multa, bem como da responsabilização civil, administrativa ou porventura penal que haja.  Também é apontado no documento a possibilidade de intoxicação por fumaça, pelas queimadas das fogueiras e de fogos de artifício, impactando a saúde respiratória da população, além dos acidentes causados.

ClickPB

Mesmo com pandemia, vendas para o Dia dos Namorados na Paraíba devem crescer 3,5% em 2021, aponta Fecomércio

Diferente do ano passado, quando o comércio estava fechado, no período do Dia dos Namorados e devido o aprendizado adquirido relacionado ao delivery e retirada, as vendas para o Dia dos Namorados devem apresentar um crescimento de aproximadamente 3,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O dado foi confirmado ao Portal ClickPB, nesta terça-feira (1) pela Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado da Paraíba (Fecomércio). 

Segundo a Federação, embora o período não tenha a força de datas como o Dia das Mães ou as comemorações natalinas, a perspectiva é otimista, considerando o período de pandemia que o país ainda atravessa. Esta estimativa se deve, em partes, ao fato das lojas estarem em funcionamento, diferentemente do ano passado. 

De acordo com o presidente da Fecomércio Paraíba, Marconi Medeiros, a sociedade aprendeu a lidar com a pandemia. “De um lado, os consumidores estão conscientes sobre os cuidados necessários, seja nas compras físicas ou comprando produtos de forma virtual, e do outro lado, os empresários aprenderam de forma exemplar a utilizar a ferramenta do delivery e da retirada em loja, o que fornece mais opções para o crescimento das vendas”, afirma. 

O Dia dos Namorados representa uma data importante não apenas para o comércio de bens e serviços, que lucram com a venda de presentes, mas também para o setor da gastronomia, uma vez que os restaurantes locais são muito procurados pelos namorados que desejam
celebrar a data. 

“Para impulsionar o faturamento, os empresários podem investir na criatividade: descontos especiais, oferta de produtos diferenciados, promoções e, como forma de driblar o isolamento social imposto pela pandemia decorrente da Covid-19, investir na logística do delivery para um
atendimento remoto rápido e de excelência, já que a demanda deve aumentar consideravelmente na data”, destacou Marconi Medeiros.

ClickPB

PF faz operação contra desvios na Saúde do Amazonas; Wilson Lima é um dos alvos

A Polícia Federal (PF) realiza a Operação Sangria nesta quarta-feira (2) contra a alta cúpula do governo do Amazonas por desvios na Saúde. São cumpridos 25 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os policiais estiveram na casa do governador Wilson Lima (PSC), que enfrentará um julgamento de denúncia ainda hoje no STJ.

São 19 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão temporária cumpridos nas cidades de Manaus (AM) e Porto Alegre (RS), além de sequestro de bens e valores, que, somados, alcançam a quantia de R$ 22.837.552,24.

Segundo as investigações, há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do governo do estado.

As irregularidades envolvem um hospital de campanha. Segundo as investigações, o local não atende às necessidades básicas de assistência de combate à Covid e ainda coloca os funcionários em risco de contaminação.

Ainda segundo a PF, contratos das áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, firmados em janeiro de 2021 pelo governo amazonense para o hospital de campanha, têm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados.

Os investigados devem responder por crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa. As penas podem chegar a 24 anos de reclusão.

CPI da Pandemia

Wilson Lima também integra o grupo de nove governadores convocados a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. No cronograma, seu depoimento está marcado para o dia 29 de junho, o primeiro de um chefe do Executivo estadual.

No entanto, acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) e argumentam que uma investigação no âmbito do Legislativo federal não pode ter autoridade para convocar governadores. No entendimento deles, há o risco de rompimento do pacto federativo, o que tornaria as convocações inconstitucionais.

O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, deve ser ouvido pela CPI no próximo dia 15 de junho. (Cariri Ligado)

“Quem quer mais auxílio é só ir ao banco e fazer empréstimo”, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 3ª feira (1º.jun.2021) que o Brasil diminuiu a pobreza com o pagamento do auxílio emergencial e criticou aqueles que pedem mais parcelas do benefício. Deu a declaração a apoiadores no Palácio da Alvorada.

“Só 2 países da América Latina diminuíram a pobreza, nós e o Panamá, se não me engano. Você não vai ver isso em lugar nenhum da imprensa. Qual país do mundo fez projeto como o nosso, que foi o auxílio emergencial? Gastamos em 2020 o equivalente a 10 vezes o Bolsa Família. E tem gente criticando ainda, falando que quer mais”, afirmou.

Bolsonaro disse àqueles que pedem para aumentar as parcelas do auxílio emergencial para procurarem os bancos e fazerem empréstimos.

“Como é endividamento por parte do governo, quem quer mais é só ir no banco e fazer empréstimo. Sabemos da situação difícil em que se encontra população, que perdeu empregos não por culpa do presidente”, disse.

O presidente falou ainda que não tem autoridade para conduzir a pandemia de covid-19 no Brasil e voltou a criticar gestores estaduais por adotarem medidas restritivas.

“Se eu tivesse autoridade sobre a questão do covid, estaria diferente o Brasil. Só vou falar isso e mais nada. Eu não fechei nada, não mandei ninguém ficar em casa e não destruí empregos”, declarou.

O chefe do Executivo afirmou que governadores e prefeitos recorreram a essas medidas de forma irresponsável. “Não existe qualquer comprovação científica de que o lockdown evita você se contaminar. Pode atrasar, contaminar até mais tarde, mas você vai fazer lockdown até quando?”, completou.

Locais que implantaram medidas duras de isolamentos viram trajetória de alta de mortes cair em cerca de 3 semanas. Essa foi a conclusão de uma compilação feita pelo Poder360 com dados de 2 Estados –Maranhão e Amapá— e de 3 cidades –Fortaleza (CE), Belém (PA) e Araraquara (SP).

Os locais analisados com melhores resultados foram aqueles nos quais o isolamento permaneceu por mais tempo, apesar da pressão econômica. Foi o cenário em Belém, Fortaleza e Araraquara, onde as medidas duraram mais de 15 dias.

Ainda nesta 3ª feira, o presidente disse aos apoiadores que a Copa América será realizada no Brasil no que depender do governo federal.

“Conversei com todos os ministros interessados e, da nossa parte, positivo. O que está havendo aqui? Um movimento da Globo contrário, porque o direito de transmissão é do SBT”, disse Bolsonaro.

ALTA DO DESEMPREGO

A taxa de desemprego no trimestre móvel de janeiro a março de 2021 chegou a 14,7%, o maior percentual da série histórica, iniciada em 2012. Aumentou 0,8 ponto percentual em comparação com o trimestre de outubro a dezembro.

Os dados foram divulgados em 27 de maio pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). (Cariri Ligado)

Acusado de assaltos e tentativa de homicídio no Cariri, é perseguido pela policia, e mesmo ferido ainda não foi preso

O efetivo da Policia Militar de Sumé, com amplo reforço dos homens do 11º BPM de Monteiro continuam desde esta terça feira, 01, uma verdadeira caçada a um indivíduo acusado de três assaltos e uma tentativa de homicídio praticadas ontem, nas cidades de São José dos Cordeiros e Serra Branca, além do Distrito de Santa Luzia do Cariri.

O acusado teria saído recentemente do sistema prisional paraibano, e estava em uma moto.

Em Santa Luzia em uma tentativa de assalto à uma casa de materiais de construção, ele atingiu o proprietário com um tiro no braço e outro no pescoço. A vítima foi transferida em estado grave para Campina Grande, e há informações de que o mesmo corre o risco de ficar paraplégico.

Este elemento ainda praticou assaltos a estabelecimentos comerciais em Serra Branca e São José dos Cordeiros, de onde veio a informação de que ele teria sido preso ontem, mas que não se concretizou.

Ainda na noite desta terça, o acusado foi localizado em uma pousada na entrada da cidade de Sumé, teria trocado tiros com a policia, e mesmo ferido, havia se evadido no sentido dos loteamentos nas margens da BR 412.

Nesta quarta pela manhã, informações deram conta de que o acusado foi avistado tentando roubar mais uma moto na zona urbana de Sumé, e mais viaturas da policia militar de Monteiro se deslocaram ao local, para tentar novamente efetuar sua prisão.

Mais informações a qualquer momento.

BLOG DO FÁBIO BRITO  (OPIPOCO)

Carlos Batinga não vai disputar mandato de deputado em 2022: “Estou fora de qualquer disputa”

O ex-deputado estadual, Carlo Batinga, afirmou categoricamente ao Blog do Bruno Lira, nesta terça-feira (1), que não vai disputar um mandato de deputado nas eleições e que está fora de qualquer disputa eleitoral: “Estou realmente fora de qualquer disputa política partidária. Tenho me dedicado mais a vida familiar e ao trabalho na área de mobilidade urbana em Salvador, e participado efetivamente das discussões a nível nacional na formulação de uma política nacional para o setor de transporte coletivo, que enfrenta a maior crise de sua existência, através das diversas instituições que faço parte como conselheiro”, explicou.

Sobre sua atuação política em Monteiro, sua terra natal, onde foi prefeito, Batinga foi direto: “Vou continuar votando e declarando meu voto lá em Monteiro onde estão fincadas minhas raizes e alguns pequenos negócios próprios e familiares”, expressou.

Blog do Bruno Lira

Paraíba recebe 107 mil doses da vacina AstraZeneca nesta quarta-feira

Mais 107 mil doses da vacina Astrazeneca chegam a Paraíba nesta quarta-feira (02). Os lotes com as doses do imunizante deverão chegar por volta das 15h15, no Aeroporto Castro Pinto, em João Pessoa.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), as doses serão encaminhadas para sede, onde será dividida em cotas proporcionais para os 223 municípios paraibanos. A distribuição deverá ter início ainda nesta quarta-feira (02), sendo finalizada na quinta-feira (3).

Ao todo, serão enviados para todo o Brasil 5.477.050 doses.

ClickPB

Mulher que morreu vítima de covid-19 na Paraíba é enterrada por família errada após erro em reconhecimento

Uma troca de corpos foi registrada em um hospital da cidade de João Pessoa, na semana passada, mas o caso somente veio a público nesta terça-feira (01). De acordo com informações apuradas pelo ClickPB, uma das famílias reconheceu o corpo como sendo parente e acabou enterrando equivocadamente.

Na sexta-feira da semana passada, duas mulheres, de 56 e 69 anos, haviam falecido no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena (HETSHL) com Covid-19. Elas residiam em João Pessoa e em Santa Rita. Segundo informações, um dos filhos da moradora de Santa Rita teria reconhecido o corpo da mãe e levado em seguida para sepultamento por volta das 11h.

No entanto, por volta das 15h, quando a outra família chegou ao Hospital percebeu que não era sua parente e soube que havia sido enterrada em Santa Rita. O serviço social ligou para a outra família que trouxe o corpo de volta para família correta. O caso está sendo apurado pelo Hospital de Trauma da Capital.

ClickPB