domingo, 6 de junho de 2021

Soldado da FAB morre ao tentar salvar adolescentes que se afogavam no mar

 Mateus da Silva Santos, de 22 anos, conseguiu ajudar um dos jovens. O outro segue desaparecido no litoral de São Paulo

Mateus da Silva Santos, de 22 anos — Foto: Reprodução

Um soldado da Força Aérea Brasileira (FAB) morreu nesta sexta-feira (4) ao tentar salvar dois adolescentes que se afogaram na praia do Guaiúba, em Guarujá, no litoral de São Paulo. Mateus da Silva Santos, de 22 anos, acabou se afogando ao tentar resgatar os adolescentes: um jovem de 13 anos foi resgatado com vida e o outro, de 12 anos, segue desaparecido.

O portal G1 apurou que Mateus, que atuava na Base Aérea de São Paulo, estava com um grupo de amigos na praia quando viu os adolescentes e uma mulher se afogando no mar. Mesmo sem saber nadar, ele foi ao local para prestar socorro. A mulher conseguiu sair sozinha do mar, ele acabou ajudando o garoto de 13 anos, mas se afogou ao tentar salvar o segundo jovem, que segue desaparecido.

Segundo o portal, o soldado foi tirado do mar já inconsciente por salva-vidas, acionados pelos banhistas. Após atendimento inicial na areia, foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Rodoviária em parada cardiorrespiratória, mas não resistiu.

O adolescente que foi resgatado pelo soldado, de 13 anos, foi encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), onde recebeu os primeiros socorros e liberado em seguida. Enquanto isso, o outro adolescente segue desaparecido no mar. O GBmar prossegue realizando buscas pelo garoto, com três embarcações pela região da praia do Guaiúba.

Com informações do G1

Os ‘desertos alimentares’ dos EUA, que condenam 47 milhões de pessoas a comer pouco e mal

A dois quarteirões da praia, em meio a hotéis de luxo e altos edifícios residenciais com vista para o Biscayne Boulevard, na melhor parte do centro de Miami, o poder do dinheiro é visível.

Não há crise ou pandemia aqui, ou pelo menos não parece haver. Cinco quarteirões adiante, contudo, uma outra Miami se descortina. Aquela que não pode ser vista, que existe à sombra da opulência.

Em Overtown, um dos bairros mais pobres da cidade, é difícil encontrar alimentos nutritivos. As prateleiras das lojinhas de esquina estão cheias de processados, refrigerantes, fast food, cerveja, tabaco e bilhetes de loteria.

“Não compro nessas lojinhas porque não tem o que cozinhar – e é muito caro”, diz Zenaida Bonilla, mãe de quatro filhos, enquanto espera sua vez na fila em um centro de distribuição de alimentos no noroeste da cidade.

Overtown é um dos milhares “desertos alimentares” espalhados pelos Estados Unidos, e neles vivem 47,4 milhões americanos, segundo Alana Rhone, especialista da Divisão de Economia de Alimentos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).

Apesar de habitar um dos países mais ricos do mundo, a maioria dessas pessoas é de baixa renda e tem dificuldade de acesso a alimentos saudáveis.https://4a5f712c6025d2568e39cc8223d188b8.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Bairro de Overtown está localizado a poucas quadras de região luxuosa de Miami — Foto: AFP

Bairro de Overtown está localizado a poucas quadras de região luxuosa de Miami — Foto: AFP

Um em cada sete americanos vive nesses locais, com graves prejuízos à saúde individual e coletiva, já que a má nutrição contribui para o desenvolvimento de males como diabetes, hipertensão, obesidade e doenças cardiovasculares.

No caso das crianças, retarda o crescimento, pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro, interferir no aprendizado e enfraquecer o sistema imunológico.

César Mendoza, cardiologista do Hospital Jackson Memorial de Miami, diz que grande parte dos pacientes que procuram a unidade não vê um profissional de saúde há muitos anos e não sabe o impacto negativo que uma dieta inadequada pode ter.

“As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte nos Estados Unidos e no mundo”, ressalta.

Mapa da desigualdade

“Quem vive nos desertos alimentares corre o risco de desenvolver sérios problemas de saúde e morrer 15 anos mais cedo do que a média da população”, afirma o médico Armen Henderson, que trabalha no UHealth Tower Hospital e é pesquisador da Universidade de Miami.

O especialista fala com conhecimento de causa – mais de uma noite foi dormir com fome quando era criança e chegou a viver na rua.

A apenas 18 minutos de carro de Overtown fica Miami Beach. Mais especificamente, Fisher Island, o lugar com a maior concentração de riqueza do país, conforme a Bloomberg.https://4a5f712c6025d2568e39cc8223d188b8.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O acesso é restrito – só pode entrar na ilha quem estiver na lista de pessoas autorizadas. Em Overtown, por sua vez, quem visita prefere fazê-lo de dia, porque o risco é muito alto à noite.

“Quando caminho por bairros como Overtown, fico pensando que os Estados Unidos são um país de primeiro mundo com problemas de terceiro mundo”, diz Henderson.

Distribuição de alimentos organizadas por ONG tem sido paliativo para o problema — Foto: Getty Images

Distribuição de alimentos organizadas por ONG tem sido paliativo para o problema — Foto: Getty Images

Liberty City

Não muito distante dali fica Liberty City, outro deserto alimentar histórico, que na década de 1960 abrigou muitas famílias pobres deslocadas de Overtown após a construção da rodovia Interestadual 95.

Com altos índices de criminalidade, o bairro mantém há décadas as marcas da segregação racial que impede a afluência de recursos para a área. Não existem grandes supermercados, nem lojas que vendam frutas e verduras.

Em meio a uma paisagem desoladora há um pequeno jardim urbano, na Rua 60 com a Rua 18. Nicole Fowles cuida dele como se fosse um oásis no meio do deserto.

“Qualquer um pode vir aqui e levar o que quiser. Tudo é de graça”, afirma.

Este é um dos oito jardins urbanos que a organização “Health in the Hood” (“saúde na quebrada”, em tradução livre) criou nos desertos alimentares de Miami.https://4a5f712c6025d2568e39cc8223d188b8.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Sua fundadora, Asha Loring, afirma que essas hortas – financiadas com doações e subsídios públicos – permitem a centenas de famílias melhorar a alimentação durante alguns meses do ano.

“O esforço tem valido a pena”, destaca.

Jardins urbanos como os organizados por Nicole Fowles ajudam a surprir déficit de alimentos saudáveis — Foto: BBC

Jardins urbanos como os organizados por Nicole Fowles ajudam a surprir déficit de alimentos saudáveis — Foto: BBC

‘Não é rentável’

“Os grandes supermercados não abrem lojas em desertos de alimentos porque não é lucrativo”, explica Paco Velez, CEO da organização sem fins lucrativos Feeding South Florida.

Isso faz com que as pessoas acabem comprando em pequenas vendas. Como algumas dessas lojas oferecem crédito aos consumidores, parte das famílias está constantemente endividada.

Velez acredita que uma boa alternativa seria dar a essas empresas incentivos para vender, por exemplo, alimentos saudáveis ​​congelados.

O que tem ajudado, ele acrescenta, são os food trucks que vendem produtos naturais a preços baixos e ajudam a ensinar as pessoas a cozinhar e se alimentar de forma mais saudável.

Desertos alimentares estão espalhados por todo o país — Foto: Getty Images

Desertos alimentares estão espalhados por todo o país — Foto: Getty Imageshttps://4a5f712c6025d2568e39cc8223d188b8.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Métricas

O USDA usa pelo menos quatro definições principais para identificar um deserto alimentar. Dependendo do critério utilizado, o total de pessoas vivendo nessas regiões pode variar.

A métrica mais conhecida considera os locais em que o supermercado mais próximo fica a mais de uma milha (1,6 km) de distância em áreas urbanas e mais de 10 milhas (16 quilômetros) em áreas rurais.

A economista Alana Rhone cita outra: as áreas em que mais de 100 casas não tenham carro e estejam a mais de 0,8 km do supermercado mais próximo em um setor urbano.

‘Cinturão da Ferrugem’

No meio do “Cinturão da Ferrugem” dos EUA, que décadas atrás foi o berço da indústria manufatureira do país, está a cidade de Youngstown, no Estado de Ohio – área que desde os anos 1970 sofre um duro processo de desindustrialização.

Com uma história ligada aos dias de glória da produção de aço, Youngstown tem hoje 35% da população vivendo na pobreza.

Youngstown nos anos 1950: região do cinturão da ferrugem vive lenta decadência há décadas — Foto: Getty Images

Youngstown nos anos 1950: região do cinturão da ferrugem vive lenta decadência há décadas — Foto: Getty Images

“Muitas pessoas têm dificuldade de cozinhar em casa, seja porque os serviços básicos foram desligados ou porque não têm cozinha”, diz Maraline Kubik, da Mercy Health Foundation, que faz trabalho voluntário em comunidades da cidade.

Kubik diz que, principalmente para os idosos, é difícil chegar aos supermercados disponíveis.https://4a5f712c6025d2568e39cc8223d188b8.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

A viagem pode levar mais de uma hora quando somadas as caminhadas até o ponto de ônibus, as conexões e os tempos de espera. E ainda é preciso voltar para casa carregando as sacolas.

“Esta é uma comunidade que está envelhecendo. Temos muitos idosos, pessoas com deficiência, avós cuidando de seus netos, mães solteiras ou pais que têm dificuldade para fazer compras longe de casa”, explica.

‘Não há concorrência’

“Há três anos tive um derrame e tenho dificuldade para me locomover”, diz Mary Jane Brooks. Aos 75 anos, ela consegue seus mantimentos por meio de organizações sociais ou de entrega em domicílio – e se queixa dos preços praticados pelo comércio.

“O problema é que não há concorrência, então temos que pagar o que eles cobram.”

A situação em Youngstown só não é pior graças aos diversos centros de distribuição de alimentos e cozinhas populares. As escolas públicas também oferecem café da manhã e almoço e muitas pessoas têm acesso aos vale-refeição fornecidos pelo governo.

Entre as iniciativas bem-sucedidas desenvolvidas pelos membros da comunidade está a ACTION.

“Organizamos mercados de frutas e vegetais com os agricultores locais e ensinamos as pessoas a cozinhar de forma mais saudável”, diz Rose Carter, diretora-executiva da organização social.

‘Apartheid alimentício’

Jill Clark, professora da Escola de Políticas Públicas da Universidade de Ohio, que estuda o assunto, não gosta da expressão “desertos alimentares”.

“Vou fazer uma provocação”, diz. “Não são desertos, isso é realmente um apartheid alimentar”, afirma Clark, argumentando que no sistema alimentar dos Estados Unidos há segregação de raça, classe e gênero.

As áreas onde existe esse “apartheid alimentar”, acrescenta, foram objeto de uma prática com profundas raízes históricas chamada “redlining” (“red” significa vermelho e “line”, linha).

“Redlining” remonta à década de 1930, quando hipotecas eram negadas a americanos em comunidades habitadas por minorias étnicas.https://4a5f712c6025d2568e39cc8223d188b8.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Naquela época, a cor vermelha era usada nos mapas das instituições financeiras para delimitar “zonas perigosas”, onde não havia previsão de investimento.

Uma linha vermelha que, ao longo do tempo, fez uma grande diferença no acesso a alimentos da melhor qualidade.

A vida em um bairro ‘redlined’

Essa é a experiência de Marilyn Burns, que mora na cidade de Cleveland, em Ohio.

“Moro em um bairro marcado com as linhas vermelhas.”

Aos 67 anos, Burns vive em uma área de moradias sociais que tem pleiteado verba do governo para melhorias.

Líder comunitária que há anos luta pelos direitos de seu bairro, ela diz que viver no apartheid alimentar não se restringe a comida.

“Há crime, violência doméstica, armada, vício em drogas… também não há trabalho, é um problema que não se resolve facilmente”, afirma.

“Tem gente aqui que às vezes não come, e quem come tende a se alimentar de comida que não é saudável.”

Modelo de negócios inovador em Detroit

Uma solução inovadora para o problema tem sido experimentada em Detroit, no Estado de Michigan.

Raphael Wright se incomodava com o fato de que, em uma cidade em que 78% da população é negra, não havia negócios na área de alimentos cujos proprietários fossem negros.

Assim, ele criou o projeto Neighbourhood Grocery, uma loja no bairro de Jefferson-Chalmers que venderá alimentos saudáveis ​​a preços acessíveis em um deserto de alimentos onde grandes supermercados não têm interesse em investir.

Raphael Wright recorreu a uma vaquinha virtual para tentar colocar seu projeto de pé — Foto: Raphael Wright

Raphael Wright recorreu a uma vaquinha virtual para tentar colocar seu projeto de pé — Foto: Raphael Wrighthttps://4a5f712c6025d2568e39cc8223d188b8.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Os próprios membros da comunidade serão donos de uma parte do negócio. Conforme as vendas aumentam, os lucros podem ser distribuídos ou reaplicados para a realização de novos investimentos.

Não tem sido fácil levantar os recursos para dar início ao projeto.

“Estamos fazendo uma campanha de financiamento coletivopara receber doações”, diz o empresário.

Uma vez inaugurada a loja, sua ideia é replicar o modelo de propriedade compartilhada em outros bairros.

“Acho que acho que esse modelo é o futuro.”  (Cariri em Ação)

25ª Parada do Orgulho LGBT+ de SP acontece neste domingo pela internet; HIV é tema desta edição

A Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo celebra neste domingo (6), a partir das 14h, sua 25ª edição com uma programação inteiramente virtual e repleta de apresentações musicais, entretenimento e orientações sobre o tema HIV/Aids: Ame + Cuide + Viva +.

Este é o segundo ano consecutivo em que o evento acontece sem o famoso desfile de trios elétricos pelas avenidas Paulista e Consolação, no Centro da capital. Em 2020, a celebração que ocorreria em junho foi adiada para o segundo semestre por causa da pandemia e acabou sendo realizada somente pela internet, por meio de transmissões ao vivo que chegaram a 11 milhões de visualizações.

Na edição que marca os 25 anos da Parada de SP, a dupla de influenciadores digitais Eduardo Camargo e Filipe Oliveira, do canal Diva Depressão, ficará responsável por entreter o público ao longo das oito horas de programação, que contará com shows das cantoras Pabllo Vittar e Glória Groove. (link para acompanhar o evento)

Outros nomes amplamente conhecidos na comunidade LGBT+ também farão parte do evento, como Lorelay Fox, Spartakus, Natália Neri, Mandy Candy, Bielo, Lucas Raniel, Louie Ponto, Jean Luca, Tchaka e Alberto Pereira Jr.

Gloria Groove se apresenta na Parada LGBT de São Paulo — Foto: Iwi Onodera/Brazil News

Gloria Groove se apresenta na Parada LGBT de São Paulo — Foto: Iwi Onodera/Brazil News

Segundo a Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOLGBT – SP), o intuito de adaptar o formato do evento ao contexto atual é promover um momento de celebração da vida e do amor, assim como combater o estigma e o preconceito relacionados ao HIV (sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana) e à Aids (síndrome de imunodeficiência adquirida, em inglês), doença provocada pelo vírus.

“HIV/Aids: Ame + Cuide + Viva +”

Em 2021, o primeiro caso de Aids diagnosticado em território brasileiro completa 40 anos, nos quais houve um enorme avanço desde as formas de prevenção contra a infecção pelo HIV até os tratamentos existentes e a qualidade de vida que as pessoas soropositivas podem ter. Atualmente, o Ministério da Saúde (MS) estima que no Brasil vivem 920 mil pessoas soropositivas para o HIV, ou seja, que já foram infectadas pelo vírus.

Nos últimos anos, os dados de Boletins Epidemiológicos do MS têm apontado um aumento expressivo no número de casos, principalmente entre adolescentes e jovens.

“A gente vê que, quando fala de HIV para um público com mais de 40 anos, o que vem à memória são imagens de diversas figuras públicas que faleceram de Aids numa época em que a gente não tinha um tratamento tão eficaz quanto a gente tem hoje”, explica Mirian Del Ben, Infectologista do Hospital Sírio-Libanês.

“Esse público que está entre 15 e 29 anos não tem muitas lembranças desse HIV que mata, então é uma geração que tem menos medo da doença e que não se importa tanto em pegá-la. Por isso, se cuidam menos, por já saber que a doença tem tratamento”, finaliza.

O estigma dentro da comunidade LGBT+

Entre 2010 e 2020, foram diagnosticados 183.169 homens que tiveram exposição ao vírus após terem relação sexual sem proteção, sendo que em 62,8% dos casos os parceiros eram pessoas do mesmo sexo. Para a infectologista, isso se deve à falta de políticas públicas e ações de prevenção que tenham um olhar maior para este público.

Preservativos masculinos e femininos são distribuídos de forma gratuita pelo SUS — Foto: Raul Zito/G1

Preservativos masculinos e femininos são distribuídos de forma gratuita pelo SUS — Foto: Raul Zito/G1

O vice-presidente da APOLGBT – SP, Renato Viterbo, acredita que o tema foi por muito tempo um dos maiores, se não o maior, tabu na comunidade LGBT+ e que ainda existe muito preconceito em torno do assunto. Isso porque, durante anos, a Aids foi associada à homossexualidade, chegando até a ser apelidada de “Peste Gay”, já que os primeiros relatos da doença, nos Estados Unidos, foram em homens homossexuais que estavam desenvolvendo uma síndrome de imunodeficiência.

“É importante entender que o HIV e a Aids não são exclusividade de algumas pessoas ou determinados grupos. É um tema que deve ser abordado com inteligência, empatia e boa vontade por toda a sociedade, porque está presente em diversos recortes sociais, étnico-raciais, religiosos e geográficos”, disse Cláudia Regina Garcia, presidente da APOLGBT – SP. “Mas também é importante tratar o assunto com leveza para podermos amar mais, cuidarmos mais uns dos outros e vivemos mais e melhor”, acrescentou.

A cantora Mel C, ex-Spice Girl, com a bandeira do movimento LGBT+ durante a 23ª Parada LGBT de São Paulo. — Foto: Celso Tavares/G1

A cantora Mel C, ex-Spice Girl, com a bandeira do movimento LGBT+ durante a 23ª Parada LGBT de São Paulo. — Foto: Celso Tavares/G1https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

De acordo com Mirian Del Ben, casos de transmissão do HIV em atos sexuais entre mulheres são extremamente raros, mas ainda assim é preciso se prevenir contra outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

“A gente sabe que a população trans, por exemplo, principalmente aquelas pessoas que acabam tendo o sexo como fonte de renda, é um público que está mais vulnerável à exposição ao vírus. Então, a gente precisa de políticas que estudem mais estre grupo e que falem abertamente sobre relações sexuais e como essas pessoas devem se prevenir, sem utilizar discursos estigmatizados.”

Os reflexos da conexão equivocada entre sexo, orientação sexual e uma IST ainda podem ser percebidos na atualidade. Um estudo realizado com pessoas soropositivas da comunidade LGBT+ pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS – BR), entre abril e agosto de 2019, mostrou que:

  • 81,8% concordaram que é difícil contar às pessoas sobre serem soropositivos para o HIV;
  • 75,5% disseram esconder das pessoas que são soropositivos para o HIV;
  • 41% dos entrevistados já foram discriminados por membros da própria família;
  • 36,7% concordaram com a afirmação “sinto vergonha por ser soropositivo para o HIV”.

Violência contra LGBT+

Além da questão da diversidade, a Parada de SP também é símbolo de luta por direitos, principalmente à vida e à liberdade. Em uma decisão histórica tomada em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais sejam enquadrados no crime de racismo.

Parada do Orgulho LGBT completa 25 anos em São Paulo com evento virtual neste domingo (6)
https://imasdk.googleapis.com/js/core/bridge3.463.0_pt_br.html#goog_1363072275–:–/–:–

Parada do Orgulho LGBT completa 25 anos em São Paulo com evento virtual neste domingo (6)https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

No mesmo ano, o Grupo Gay da Bahia, ONG brasileira criada na década de 80, com intuito de defender os direitos de homossexuais no país, divulgou uma pesquisa na qual São Paulo apareceu como o estado em que aconteceram mais mortes violentas de pessoas LGBT+. Em âmbito nacional, a maioria das vítimas foi de homens gays, correspondendo a 52,9% do total.

Há anos, o Brasil se mantém na posição de país que mais assassina pessoas transexuais por ano. Em 2020, ocorreu o equivalente a um caso a cada dois dias, conforme apontam os dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra).

* Esta reportagem utilizou a sigla “LGBT+” sob orientação da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOLGBT – SP) (Cariri em Ação)

Ambulância e diversos ônibus são incendiados na madrugada durante atentados em Manaus

Pelo menos 17 veículos, entre sete ônibus e uma ambulância, foram incendiados durante a madrugada e as primeiras horas deste domingo (6), em Manaus. A Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) afirma que a ordem para os atentados partiu de dentro de um presídio, motivada pela morte de um traficante.

Por conta da situação, todos os ônibus do transporte coletivo foram recolhidos para as garagens. O secretário da SSP, Coronel Louismar Bonates, informou quem um gabinete de crise foi montado com equipes da Polícia Militar e Polícia Civil por conta da situação.

Não há informações sobre feridos. Até o momento, ninguém foi preso por conta dos atentados.

“Os ataques foram motivados em função da morte de um traficante. E a inteligência levantou que essa determinação veio de dentro do presídio. Eu quero informar que quem for localizado dando essa ordem, será solicitada a transferência deles para presídio federal”, informou Bonates.

Conforme Bonates, o traficante teria sido morto em uma operação policial, nesse sábado (5). O secretário informou, ainda, que o número de viaturas nas ruas foi triplicado neste domingo, para, inclusive, reforçar a segurança de prédios públicos.

Segundo o Corpo de Bombeiros, os chamados começaram por volta da meia-noite. As ocorrências foram registradas em pontos da Zona Centro-Sul, Zona Leste e Zona Norte.

Em um vídeo, obtido pela polícia, criminosos gravaram o momento em que ateiam fogo no prédio onde funciona uma estação de ônibus (assista abaixo).

Criminosos ateiam fogo em estação de ônibus em Manaus

Criminosos ateiam fogo em estação de ônibus em Manaus

A SSP informou que os incêndios também foram registrados no interior do Amazonas, em cidades como Parintins, Careiro Castanho, Iranduba e Manacapuru. Ainda não se sabe que tipo de ataque foi feito nessas cidades. Segundo o órgão, o policiamento também deve ser reforçado nessas localidades.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) disse que repudia os “atos de vandalismo ocorridos nas primeiras horas deste domingo. E que a violência das ações causou pânico nos operadores do serviço, pois há relatos de grupos encapuzados e armados praticando tais atos, sendo que, por isso, toda a frota foi recolhida”. (Cariri em Ação)

Justiça suspende decreto de João Pessoa que flexibilizava funcionamento de bares e academias

A 4ª Vara de Fazenda Pública de João Pessoa suspendeu neste sábado (5) o decreto municipal que permitia a flexibilização do horário de bares e restaurantes, bem como o funcionamento de academias e escolinhas de esporte. Agora, academias e escolinhas de esporte estão com funcionamento suspenso, mas bares e restaurantes podem abrir conforme o decreto municipal, com horário restrito.

Segundo a ação, esses pontos confrontavam o Decreto Estadual e, havendo conflito, prevalece o decreto mais restritivo, já que o objetivo é conter o avanço do coronavírus e proteger a saúde pública.

Entretanto, o juiz Gutemberg Cardoso entendeu que somente o ponto com relação às academias confrontava o decreto estadual e manteve o funcionamento dos bares de acordo com as medidas da capital.

Sendo assim, até o dia 18 de junho, as academias e escolinhas de esporte estão proibidas de funcionar.

Bares e restaurantes podem operar até às 21h, com capacidade reduzida, e por delivery após esse horário. Nos dias 05, 06, 12 e 13 de junho, esses estabelecimentos só poderão funcionar por entrega ou retirada no local. As academias estão proibidas de funcionar.

No último boletim, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, nesta sexta-feira (4), a Paraíba registrou 2.421 casos de Covid-19, além de 26 óbitos por complicações da doença. A ocupação total de leitos de UTI em todo o estado é de 81%. (Cariri em Ação)

Campina Grande libera retorno de aulas do ensino fundamental I e II de forma híbrida

A Prefeitura de Campina Grande revogou, no início da noite deste sábado (5), o Decreto 4.586 e liberou o retorno, de forma híbrida, das atividades do ensino fundamental I e II, na rede privada de ensino. O decreto anterior suspendia totalmente as aulas presenciais, até o dia 30 de junho.

O novo decreto, emitido pela Procuradoria Geral do Município e assinado pelo prefeito Bruno Cunha Lima, foi publicado em separata, no Semanário Municipal. Neste decreto, fica mantida a decisão de suspender as aulas presenciais na rede pública municipal, que continuarão de forma exclusivamente remota.

Também permanece assegurada a realização de atividades, de maneira híbrida, para as séries iniciais do ensino infantil em instituições particulares, mas garantindo o cumprimento de todas as medidas de segurança determinadas pelas autoridades de saúde. As aulas para os ensinos médio e superior permanecerão, exclusivamente, em sistema remoto.

Fiscalização e testagem

O prefeito Bruno Cunha Lima determinou que a Secretaria Municipal de Saúde passe a realizar testagens e inquéritos epidemiológicos, em ciclos quinzenais, específicos para o setor da educação. A medida visa a conferir transparência aos resultados para o devido acompanhamento de eventual impacto, nos dados da pandemia do novo coronavírus, decorrente do retorno presencial ou híbrido da atividade educacional.

Além disso, foi reforçado que equipes da Gevisa, Procon Municipal, Guarda Civil Municipal e da Defesa Civil ficarão responsáveis pela fiscalização do cumprimento das normas estabelecidas no decreto. O descumprimento sujeitará o estabelecimento de ensino à aplicação de multa e poderá implicar até no fechamento, em caso de reincidência. (Cariri em Ação)

Apesar de crise, Brasil não corre risco de apagão em 2021, diz ONS

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) afirmou que o país não corre risco de corte no fornecimento de energia este ano, apesar de o país passar pela “pior crise hidrológica desde 1930”. A ONS divulgou uma nota técnica com a avaliação das condições de atendimento energético do Sistema Interligado Nacional (SIN). Nessa nota, a entidade afirma que o nível das chuvas, “significativamente abaixo da média histórica”, motivou uma série de recomendações.

As medidas propostas, segundo a ONS, já foram postas em prática. “Entre as ações em curso destacam-se a flexibilização das restrições hidráulicas dos aproveitamentos localizados nas bacias dos rios São Francisco e Paraná; aumento da geração térmica e da garantia do suprimento de combustível para essas usinas; importação de energia da Argentina e do Uruguai, além de campanha de uso consciente da água e da energia”, explicou a entidade.

Segundo ela, as providências estão sendo tomadas para garantir o fornecimento de energia. “Sendo assim, diversas medidas foram aprovadas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e já estão em curso, o que faz com que esse cenário não se concretize e se garanta o fornecimento de energia e potência em 2021”.

Crise hidrológica
Na análise da ONS, o déficit de precipitação acumulado nos últimos dez anos em algumas bacias chega alcançar um valor maior do que o total de chuva que ocorre em média num ano. Por causa disso, explicou a entidade, as vazões afluentes às usinas localizadas nessa bacia também têm se situado abaixo da média histórica nos últimos anos.

“Considerando-se as previsões de afluência obtidas com a chuva de 2020, prevê-se a perda do controle hidráulico de reservatórios da bacia do Rio Paraná no segundo semestre de 2021; a perda do controle hidráulico na bacia do Paraná implicaria em restrições no atendimento energético nos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste”, apontou o documento da ONS, em duas de suas conclusões.

“[…] As medidas indicadas, que resultam na manutenção da governabilidade hidráulica da bacia do rio Paraná, permitem assegurar o atendimento eletroenergético do SIN em 2021”, acrescentou a nota técnica. (Cariri Ligado)

MDB e do PSL trabalham juntos em programa para eleições de 2022

Os partidos já iniciaram as discussões para as eleições de 2022 e começam a traçar as estratégias para enfrentar o pleito que, ao que parece, deve ser muito disputado no próximo ano. De acordo com a coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, as fundações do MDB e do PSL estaria trabalhando juntas em programa e falam em apoiar mesmo candidato nas eleições de 2022

A intenção das legendas seria a criação de um plano de ideias conjunto, unindo as expectativas dos partidos para o país.

Há também a informação de as siglas pretendem se unir em torno de um mesmo candidato à presidência da República.

O ex-presidente Michel Temer, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o apresentador Luiz Datena, que deixou a sigla, são citados, mas a tendência é apoiarem um nome de outra legenda, diz a coluna. (Cariri Ligado)

EM SERTÂNIA ELEMENTO É CONDUZIDO A DELEGACIA POR DESOBEDIÊNCIA A DECRETO ESTADUAL. VEJA OUTRAS OCORRÊNCIAS

Policiais Militares do 3ºBPM, ao realizar operação conjunta entre ROCAM/3º BPM, GT 3211, RURAL/3º BPM, Guarda Municipal e vigilância sanitária, foram acionados para averiguar uma denúncia de descumprimento de decreto Estadual em uma residência na Vila do Ferro Novo, na cidade de Sertânia.

Chegando ao local, o efetivo se deparou com um evento festivo, com aproximadamente 70 (setenta) pessoas. O proprietário da casa informou aos gritos que estava havendo um aniversário na residência, proferiu palavras de calão, tratou o policiamento de forma descortês e durante sua condução à Delegacia, ele fez ameaças ao efetivo e quebrou a fechadura do xadrez da viatura, danificando o patrimônio público. Diante dos fatos, o imputado foi apresentado na DPC Local, onde foi lavrado um TCO em seu desfavor.

Também na Vila do Ferro Novo policiais militares do 3ºBPM, ao realizar operação conjunta entre ROCAM/3º BPM, GT 3211, RURAL/3º BPM e Vigilância Sanitária na cidade foram acionadas para averiguar uma denúncia de perturbação do sossego.

Chegando ao local, foi constatada a veracidade da denúncia, e diante do exposto, os imputados, os quais apresentavam sinais de embriaguez alcoólica, praticavam desordem e estavam perturbando o sossego dos moradores da localidade com som em alto volume foram conduzidos à DPC Local, onde foi lavrado um TCO em desfavor de cada um deles.

EM SERTÂNIA AGRESSÃO POR VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Policiais Militares do 3º BPM, durante patrulhamento foram solicitados pela vítima informando que o indivíduo com quem ela mantém um relacionamento havia lhe agredido com socos e pontapés, após tê-la chamado para pegar alguns objetos pessoais no endereço acima citado.

Diligências foram realizadas e o imputado foi localizado, o qual informou que havia agredido a vítima para defender a esposa e a cunhada, pois ela havia jogado uma pedra que o atingiu. Diante do exposto, as partes envolvidas foram conduzidas à DPC de plantão em Arcoverde.

AGRESSÃO FÍSICA POR VIOLÊNCIA  DOMÉSTICA EM CUSTÓDIA

Policiais Militares do 3ºBPM, durante patrulhamento foram solicitados pelo agente da Polícia Civil para verificar uma ocorrência de violência domestica na zona rural de Custódia, onde a vítima informou que seu companheiro havia lhe agredido com socos e empurrões, chegando a lesionar seu dedo da mão direita com um golpe de faca peixeira. Diligencias foram realizadas, mas o imputado não foi localizado, sendo a vítima conduzida à DPC local.

AMEAÇA POR VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM ARCOVERDE

Policiais Militares do 3º BPM, durante patrulhamento no bairro de São Cristóvão, em Arcoverde, foram solicitados por um casal informando que seu filho estava embriagado e os ameaçou com uma faca de mesa. Diligências foram realizadas e após a localização do imputado, as partes envolvidas foram conduzidas à DPC local.

EM ARCOVERDE VEÍCULO ABANDONADO É LOCALIZADO

Policiais Militares do 3º BPM durante patrulhamento foram acionados para o endereço citado, onde havia uma moto abandonada às margens da via. Foi realizada a consulta no Portal da SDS, porém só havia restrição de débitos. Diante do exposto, foi realizado o deslocamento da motocicleta para à DPC local.   

CELULAR ROUBADOÉ RECUPERADO EM SERTÂNIA

Policiais Militares do 3º BPM durante patrulhamento no centro de Sertânia realizaram abordagem a dois indivíduos que estavam transitando numa motocicleta em atitude suspeita e após consulta no Portal da SDS foi verificado que o aparelho celular de um dos envolvidos estava com alerta de roubo/furto. Ao ser questionado sobre a origem do celular, o imputado afirmou que adquiriu há cerca de oito meses por um valor de 400,00 (quatrocentos reais) de um conhecido. Diante do fato, o acusado e o material apreendido foram conduzidos à DPC local. (Tribuna do Moxotó)