segunda-feira, 5 de junho de 2023

São Sebastião do Umbuzeiro comemora 64 anos de emancipação com grande programação


 O município de São Sebastião do Umbuzeiro comemora 64 anos de Emancipação Política na próxima quinta-feira (08), e a Prefeitura Municipal, gestão do Prefeito Adriano Wolff, preparou uma super programação. O evento contará com uma série de atividades vividas para celebrar esse importante dado histórico. O prefeito Adriano Wolff fez um convite especial à população para participar desse grande evento.

A programação inclui uma variedade de eventos que prometem entretenimento, lazer e celebração para os moradores e visitantes da cidade. Dentre as atividades programadas, destacam-se shows em praça pública, maratona, inauguração da Academia de Saúde, haesteamento de bandeiras, posse para novos concursados, desfile da Renda Renascença, maratona e uma missa em ação de graças.

Os shows na praça pública serão uma atração imperdível, proporcionando momentos de diversão e descontração para toda a família. A comunidade local e os visitantes poderão desfrutar de apresentações musicais de artistas renomados, trazendo estilos e ritmos diferentes para animar a festa.

A maratona é outra atividade esperada durante as comemorações. A competição esportiva reunirá corredores de diversas modalidades, promovendo uma prática saudável do esporte e incentivando o espírito de superação e cooperação entre os participantes.

Além disso, um momento especial será a inauguração da Academia de Saúde, um espaço dedicado ao bem-estar da população, oferecendo oportunidades para a prática de atividades físicas e cuidados com a saúde.

A cerimônia de inauguração será um marco importante para a cidade, representando investimentos na qualidade de vida dos habitantes.

Outras atividades marcantes incluem o hastamento das bandeiras, um ato solene que ressalta o orgulho e a identidade do município, e a posse dos novos concursados, que fortalecem a estrutura administrativa e promovem o desenvolvimento local.

Para resgatar a cultura local, o desfile da Renda Renascença encantará os espectadores, apresentando a arte e a tradição desse importante patrimônio cultural da região. Será uma oportunidade para proteger e preservar as raízes culturais de São Sebastião do Umbuzeiro.

Programação completa da emancipação política de SSU:

°07:30 Santa Missa

°09:00 Hasteamento das bandeiras na Câmara Municipal

°09:30 Hasteamento das bandeiras na Prefeitura

°10:00 Posse dos novos concursados

°11:00 Inauguração da academia de saúde na rua José Lafaiete

°11:30 Gincana de motos

°14:00 Corrida de 100 metros

°16:00 Maratona

°20:00 Desfile de renda renascença    (Cariri Ligado)

sexta-feira, 26 de maio de 2023

ALPB aprova projeto de Lei e torna Corrida de Jegues de Zabelê patrimônio cultural, histórico e imaterial da Paraíba

A população de Zabelê está em festa com a aprovação do projeto de lei que tornou a  Corrida de Jegues de Zabelê patrimônio cultural, histórico e imaterial da Paraíba.

O projeto de lei do deputado estadual Michel Henrique contou com o apoio não apenas da cidade de Zabelê, mas de toda região do Cariri que fez uma verdadeira campanha nas redes sociais pedindo a aprovação por parte dos deputados paraibanos.

“A finalidade é valorizar o jumento, Jegue ou Asno, considerados ícones da Região do Cariri, e muito usado para realizar trabalhos pesados na agricultura e no dia a dia das pessoas, como também já foi homenageado em várias canções de grandes artistas como Luiz Gonzaga e Genival Lacerda, fazendo com que a corrida seja nacionalmente conhecida”, pontuou o deputado Michel Henrique.

O prefeito da cidade, Dalyson Neves, agradeceu aos deputados pela a aprovação do projeto, e em especial ao deputado Michel Henrique, autor da propositura.

“Em nome de todos os Zabeleenses deixo registrados meu muito obrigado a todos os Deputados(a) Estaduais que aprovaram por unanimidade o projeto, em especial ao autor da propositura, nosso deputado Michel Henrique”; finalizou o gestor.

A lei agora segue para ser sancionada pelo Governador da Paraíba João Azevedo. (Cariri Ligado)

 

Operação apreende drogas, armas e pessoas envolvidas com o tráfico, no Cariri

Policiais civis lotados na 23ª DSPC/Juazeirinho no Cariri paraibano, pertencentes às delegacias de Assunção, Juazeirinho e Soledade, e com apoio de policiais militares da 8ªCIPM/Juazeirinho, deram integral cumprimento a um mandado de busca e apreensão, oriundo da Vara Única de Taperoá-PB, dentro da Operação ASSUNÇÃO- FASE 2.

A Operação foi realizada na manhã dessa quarta-feira (24/05), por volta das 10h30, na periferia da cidade de Assunção.

Durante a ação foram apreendidas drogas ilícitas como crack, cocaína e maconha, além de certa quantia em dinheiro proveniente do tráfico de drogas, armas de fogo, balança de precisão, material como saquinhos plásticos, triturador de droga e lâminas de aço, produtos estes utilizados na mercancia de entorpecentes.

Por fim, as buscas foram exitosas com a prisão dos envolvidos, sendo um casal no primeiro alvo e uma mulher no segundo alvo. Os presos foram autuados pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico de drogas, posse irregular de arma de fogo e adulteração veicular.

A Operação ASSUNÇÃO- FASE 2, contou com a participação de 15 investigadores e delegados da Polícia Civil. (Cariri Ligado)

 

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Historias do passado em Zabelê. (Por Ríusle Souza)

Desta feita, no Distrito da Capela de Nossa Senhora das Dores,

termo da Lagoa do Monteiro, o senhor José Domingos da Costa Agra,

era um grande proprietário de terras e escravos. No dia 19 de maio de

1936, o Juiz manda fazer exame de corpo de delito no corpo de Manoel

Mendes da Silva, que teria sido assassinado de forma misteriosa com

um tiro de espingarda numa estrada que ligava aquele lugar de Alagoa

do Monteiro ao lugar do Zabelê.

O Juiz inqueriu todas as testemunhas do presente corpo de delito, sendo a primeira, Francisco Felix da Silva que disse ter visto José

Mendes da Silva morto com dezesseis caroços de munição de chumbo

nas costelas da parte esquerda, havendo o tiro saído de uma arma de

nome lazarina. E afirmou ainda que, além do tiro, o assassino havia

dado mais algumas pancadas na cabeça da vítima com a própria arma

do crime, causando dois ferimentos por trás da cabeça e três na face, furando o crânio da vítima. A testemunha disse mais, que achara no lugar

onde estava o morto um pedaço de chita, que era da mesma qualidade

da que estava na espingarda do matador, vez que tinha com o dito pano

carregado a espingarda, mas não disse nem falou quem havia sido o

autor do disparo que ocasionou o crime. Outra testemunha acrescentou

que o mesmo autor do assassinato havia deixado no local um pedaço de

pano de chita da mesma qualidade que se achava na arma do matador.

21 Cf. ABREU, 2011, op. cit., p. ??.

298

Figura 28 – Armas e espingardas muito apreciadas e bastante perigosas.

Fonte: Museu do Homem do Cariri, no Sítio do Carneiro, Livramento-PB.

A primeira testemunha a depor, na segunda convocação, foi

Antônio Almeida Brás, morador no Zabelê deste distrito, que afirmou

não ser parente do morto nem do matador e que não tinha inimizade

ou particularidade com qualquer um deles; afirmou ser notório que a

vítima foi morta por um tiro e de cacetadas, no lugar do rio Santana,

deste Distrito, e quem o matara foi um escravo de nome Manoel, pertencente ao Major Domingos, que no tiro empregara dezesseis caroços

de chumbo na costela da vítima e cinco cacetadas, duas na cabeça pela

parte de trás, chegando a perfurar o casco, e três na face com pancadas

profundas, fazendo grande estrago.

299

Damásio Rodrigues Limeira, pardo, casado, morador neste

termo distrito, de idade 33 anos e que vivia de plantar, afirmou que

conhecia o morto e o matador, mas que não tinha qualquer relação com

eles; disse ter visto a José Mendes da Silva morto com o dito tiro e afirmou as mesmas características já testemunhadas: que o autor do crime

fora um escravo do Major Domingos de nome Manoel. Assim também

testemunhou o pardo Francisco Antônio da Costa, morador no Zabelê,

deste distrito, que vivia de plantar e que soube, por ouvir dizer, que

fora o cativo do Major Domingos o culpado do delito, que a espingarda havia sido carregada com a bucha feita com um pedaço de pano de

chita22 e que deste mesmo pano estava um pedaço no corpo e outro na

espingarda do cativo.

Martinho José da Costa, pardo, casado, morador no Zabelê

deste distrito, vivia de plantar e tinha 20 anos de idade, sendo perguntado pelo conteúdo no auto de devassa e corpo de delito, disse saber, por

ouvir dizer, que o crime tinha acontecido no dia dezenove de março,

contando a mesma história dos outros e que o crime havia acontecido

no rio de Santana e outras testemunhas seguiram, dando os mesmos

depoimentos.

Logo após concluir a parte dos depoimentos das testemunhas,

o Juiz decretou a prisão do cabra Manoel, um escravo fábrica do Major

22 No sertão do Cariri, o homem do campo tem muita experiência em armadilhas e

tocaias e, também, em manusear armas de fogo de pequeno calibre, utilizando-se

de qualquer coisa para fazer a bucha com o intuito de separar a pólvora do chumbo, seja capim, pequenos pedaços de pano, bucha de uso doméstico, cordas, etc.

Para carregar uma espingarda, coloca-se primeiro a pólvora, forrando-a com a

dita bucha para separá-la do chumbo, em seguida, acrescenta-se o chumbo a gos- to do atirador, podendo variar de 20 a 50 ou mais caroços, e outra bucha, batendo

até o tiro ficar compacto. Depois, arma-se o gatilho e bota a espoleta, baixando

o mesmo de forma cuidadosa. Pronto, para disparar é só armar o gatilho e puxar

com o dedo que o tiro estremece.

300

Domingos José da Costa Agra, morador na Laje do Canhoto, província de Alagoa,23 na Fazenda Santana deste distrito, e que o escrivão o

lançasse no rol dos culpados e passasse as ordens necessárias para o

mesmo ser preso, com sequestro de bens para pagamento das custas

do dito processo, na povoação da Capela, daquele lugar, no dia 21 de

março de 1836.

Aos dezessete de maio de 1836, na Villa Real de São João, em

casa de cessão dos jurados, se achava presente o Juiz de direito Antônio

Joaquim de Albuquerque Mello, o escrivão e o promotor, sendo então

aberta a cessão que contava com a presença de quarenta e nove jurados,

tendo sido escolhido vinte e três para fazerem parte naquela cessão.

Dessa forma, o acusado foi incluso no Artigo 25324 do Código

de Processo Criminal, e sendo por eles acusados recebido, prometeram

cumprir fielmente, e, por não aparecer a parte acusadora, mandou o

mesmo Juiz que o promotor fizesse a acusação na forma da Lei, sendo o

advogado Bernardo Eugênio Peixoto confirmado para a defesa do dito

réu.

É possível que este senhor, José Domingos da Costa Agra,

dono do cativo criminoso, fosse parente da Família Agra em Campina Grande, pois estes senhores tinham terras por lugares variados e os

23  O cativo Manoel era uma fábrica, ou seja, tinha uma profissão definida, mas não

foi possível saber qual, provavelmente poderia ter sido um marceneiro, ferreiro

ou artesão. O fato é que o Juiz mandou sequestrar alguns bens do cativo para

ressarcir as custas do processo na povoação daquela capela. Este foi o único caso

encontrado nesta pesquisa, na qual encontramos um cativo com pecúlios, mas

não foi possível sabermos o que realmente ele tinha, mas, pela maneira como o

Juiz faz a petição do sequestro dos seus bens, não deveria ser tão pouco já que o

mesmo exercia uma função.

24 No Art. 253 do Código Criminal consta que a acusação por adultério deverá ser

intentada conjuntamente contra a mulher e o homem com quem ela tiver come- tido crime, se for vivo, e um não poderá ser condenado sem o outro (TINOCO,

2003, p. 449).

301

mais ricos desta família estavam centrados em Campina Grande, sendo

donos de fortunas, naquela região da Borborema, segundo Lima (2009).

Sobre a criminalidade no seio da escravidão, no período de

cem anos pesquisado pelo mesmo autor, este percebeu um índice baixo

dos crimes envolvendo senhores e escravos. O mesmo autor afirma em

sua pesquisa que “detectamos um total de 59 ocorrência de delitos das

mais diversas naturezas, onde foram envolvidos um total de 79 escravos. Sendo que 30 apareceram na condição de vítimas e 49 foram acusados como réus.” (LIMA, 2009). O autor acredita ser índices baixos

para um século inteiro, marcados por várias transformações e conflitos

sociais.

No interrogatório feito ao réu Manoel sobre o crime do libelo,

aos vinte e um de maio de 1836, na Villa Real de São João do Cariri,

o mesmo respondeu que: “seu nome era Manoel escravo fábrica do senhor Domingos da Costa Agra e morava na Fazenda Santa Anna deste

termo e que conhecia a José Mendes da Silva o morto por ser morador

no mesmo lugar”. Em seguida, o réu foi questionado se fora ele o autor

da morte cometida contra José Mendes da Silva, a que o mesmo respondeu que:

Não fora ele o autor do crime e sim, que estava vindo ele, réu, do

lugar do Zabelê, e vindo também o falecido, ele réu mais adiante

e a vítima mais atrás quando chegaram ao rio, o dito falecido

mandou o réu tirar um ramo de folhas que estava no caminho e

quando o réu estava tirando o ramo ouviu o tiro que deram no

dito falecido o qual gritou para ele o acusado que corresse mas o

réu socorreu o mesmo por alguns passes quando o mesmo não

aguentou mais mandou que o cativo fosse chamar socorro para

ajuda-lo, que fosse chamar a sua mulher mas ao chegar na sua

casa não a encontrou pois a mesma estava numa casa vizinha e

vendo a mulher e o vizinho Manoel Fernandes e mais Francisco

Fernandes ao retornarem com o dito réu o encontraram já morto

com umas cacetadas além do tiro, cujas cacetadas afirmou o réu

302

que não os vira porém, vira que parecia ser de cacete e que ele

réu, não tinha nenhuma intriga com a vítima e sim, sabia que

estava preso por causa desta morte e que ele réu nesta ocasião

levava uma espingarda e que a mesma estava inflada desde o dia

antecedente ao crime. Ou seja, ele o réu não havia atirado com

ela desde o dia anterior.

Pelas afirmações e estratégias do réu, o crime havia sido praticado por uma terceira pessoa, que estava escondida, na tocaia, e que ele

havia se abaixado para retirar o ramo do caminho e não viu quem deu

o tiro no seu parceiro; em seguida, o mesmo réu caminha com o amigo

já ferido por alguns passos e corre para pedir socorro, e ao voltar com a

mulher da vítima o encontra morto e com marcas de algumas pauladas

na cabeça.

Visto a decisão do Juiz, o réu foi condenado a pena de galés

perpétuas, ao grau máximo da pena imposta aos que infringirem o Art.

193 do Código Criminal,25 e para cumprir a sentença, o réu foi remetido à prisão, na Cadeia da capital da Província, ficando à disposição do

Governo, conforme o Art. 44 do mesmo Código,26 e ainda ficaram por

conta do réu os custos das despesas feitas com os jurados, aos 21 de

Maio de 1836.

O que nos chamou a atenção foi a condenação dura a que sofreu

o réu. Teria sido tão cruel assim este crime a ponto dele ser condenado e

transferido para a capital, tendo que pagar as despesas do processo e da

viagem? Ficamos imaginando como este julgamento foi conduzido e se

o cativo teve direito de se defender. Parece-nos que o seu depoimento

não foi suficiente para sua defesa, mas pelo menos ele não foi assassinado diferentemente do que aconteceu com o cativo Pedro.

 

terça-feira, 16 de maio de 2023

Projeto do deputado Michel Henrique reconhece Corrida de Jegue de Zabelê como patrimônio cultural, histórico e imaterial da Paraíba

Foi aprovado por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (16), o Projeto de Lei de autoria do deputado Michel Henrique (Republicanos), com a finalidade de reconhecer a tradicional Corrida de Jegue do município de Zabelê, como patrimônio cultural, histórico e imaterial da Paraíba.

O evento que é muito prestigiado no Cariri Paraibano, é realizado há 20 anos e faz parte da programação da Festa de Emancipação Política do município, promovendo o nome de Zabelê, gerando renda e aquecendo a economia local.

O deputado Michel Henrique que conhece de perto todo processo e efetivação da corrida, destacou que o evento causa repercussão na cidade e na região.

“Chegam pessoas de todos os lugares para vender, comprar, competir, assistir e se divertir. O público alvo, além dos munícipes e familiares que residem em outras partes do país, é a participação em massa das pessoas que residem nas cidades vizinhas. Contando com a presença de grandes artistas de renome nacional que se apresentam no evento”, disse Michel.

A corrida possui uma estrutura denominada Jegodromo, onde acontece a disputa, que já chegou a juntar mais de 80 animais. As premiações variam entre valores em dinheiro ou motos. Segundo os organizadores, os dez primeiros colocados recebem também um troféu.

“A finalidade é valorizar o jumento, Jegue ou Asno, considerados ícones da Região do Cariri, e muito usado para realizar trabalhos pesados na agricultura e no dia a dia das pessoas, como também já foi homenageado em várias canções de grandes artistas como Luiz Gonzaga e Genival Lacerda, fazendo com que a corrida seja nacionalmente conhecida”, pontuou o deputado.

Consagrado no calendário de festas da Paraíba, a tradicional e animada Corrida de Jegue, reúne todos os anos milhares de pessoas de toda a região, durante os três dias das festividades, e sempre acontece na última semana do mês de abril.

Agora, através do projeto do deputado, se tornará patrimônio de Zabelê, do Cariri e de toda Paraíba.

 

Agora nossa corrida de jegue é oficial; agora nossos jericos corre!

Grande dia! 🙌
Pelo projeto do nosso Deputado Michel Henrique, aprovado com unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, a nossa Tradicional Corrida de Jegue será reconhecida como Patrimonio Cultural, Histórico e Imaterial da Paraiba através do Projeto de Lei de autoria do mesmo.
Projeto que traz alegria ao coração dos zabeleenses e todos aqueles que amam está/participar desse magnifico evento.
Aqui é trabalho, transparência e resultado!
Nosso Obrigado @michelhenriquepb.
Nosso Apoio @dalysonneves45

 

Visita de conterrâneos de Zabelê e as lembranças do Cariri Paraibano e de Paulo Afonso (Folha Sertaneja de Paulo Afonso)

                                  (Foto: Fabiana Galdino e Fernando, Eduardo e Edilene)
 

Nos dias 12 e 13 de maio estiveram em visita a Paulo Afonso os meus conterrâneos da cidade de Zabelê, na Paraíba, onde nasci em 18 de janeiro de 1948, pelas mãos da parteira Maria Pinto. Ali fiquei pouco mais de dois anos e meus pais se mudaram para Taperoá, terra de minha mãe, D. Severina e também da família de Ariano Suassuna, de onde viemos para Paulo Afonso há mais de 68 anos atrás, em 20 de novembro de 1954.

Na sexta-feira, recebi a visita dos zabeleenses o poeta, aposentado chesfiano, Eduardo Viana, sua esposa Edilene Félix, que moram no Recife e Fernando Cabelereiro, da Barbearia Caco de Vidro, (Rua 1º de maio, 43 - Centro - Zabelê-PB) e do blog Zabelê Ligado que, em sua edição de domingo, 14 de maio, destaca:

Viagem inesquecível! Visitando Paulo Afonso com os amigos Eduardo Viana e Edilene Félix. Visitando cidade, usina hidroelétrica, o rio São Francisco e visita a amigos. Dias 12 e 13 de maio de 2023.

Foi mesmo um agradável momento de muitas perguntas de minha parte sobre esta cidade onde nasci e de onde saí quase bebê e voltei umas duas vezes lá e dela pouco conheço, a não ser o que pergunto, vez ou outra, quando converso com Amantina e com Eduardo Viana ou o que vejo na internet e o que li no livro Na Sombra do Umbuzeiro, do Padre João Jorge Rietveld, de 1999, onde o religioso narra a história da Paróquia de São Sebastião do Umbuzeiro e destina quinze das mais de trezentas páginas para contar, na Parte 6, a história de Zabelê.

Eduardo Viana veio matar a saudade de Paulo Afonso, onde viveu durante alguns anos de sua vida, trabalhando na Chesf como guarda e tempo depois continuou como chesfiano como Operador de Subestação no Recife, onde se aposentou.

Poeta cordelista, Eduardo Viana, já escreveu muitas dezenas de cordéis e só nessa viagem me deixou de presentes quarenta folhetos de temas bem variados, bem sertanejos.

Eduardo Viana teve uma participação especial no meu livro De Forquilha a Paulo Afonso – Histórias e Memórias de Pioneiros, no capítulo dedicado a Abel Barbosa, que foi vereador e prefeito duas vezes de Paulo Afonso, cuja emancipação política saiu de sua luta e que Eduardo Viana conheceu bem no tempo em que trabalhou em Paulo Afonso e, a meu pedido, fez um cordel especial sobre a história desse pioneiro Abel Barbosa, conhecido como Chefe Abel dos Escoteiros, que reproduzi nesse livro.

O trio zabeleense, o poeta e esposa e o blogueiro, acompanhados de guia de turismo de Paulo Afonso visitaram cenários bem conhecidos de Eduardo e ainda não conhecidos de Fernando Cabeleireiro. Fizeram o roteiro turístico das áreas da Chesf, Lago do Touro e Sucuri, foram à Galeria da Terceira Usina, aos mirantes da Cachoeira de Paulo Afonso, na Ilha do Urubu, e percorreram trechos do cânion do rio São Francisco no Catamarã Raso da Catarina, do Vale do Sal (povoado Rio do Sal) que os encheu de alegria e resultou em muitas fotografias.

De fato, o cânion do rio São Francisco que tem 65 quilômetros, da Cachoeira de Paulo Afonso até a Usina de Xingó, em Canindé do São Francisco, cujas águas banham terras dos Estados da Bahia, Alagoas e Sergipe, tem o trecho de 17 quilômetros no município de Paulo Afonso com os paredões de granito mais altos, chegando a 100 metros de altura em alguns lugares.

Nesse cânion, transformado em reservatório de Xingó, estão 3,2 bilhões de metros cúbicos de água e também no trecho de Paulo Afonso está a maior profundidade, de até 178 metros.

A grande decepção de Eduardo foi com a Prainha de Paulo Afonso, hoje totalmente invadida pelas plantas chamadas baronesas que são muitas vezes retiradas e sempre voltam em grande quantidade trazendo grandes prejuízos para os bares e restaurantes ali instalados e para o turismo da cidade.

O grande evento Copa Vela de Paulo Afonso realizado com provas náuticas naquela área e com a participação todos os anos de grandes navegadores do Brasil, não se realizou nos últimos anos por causa dessa invasão das baronesas.

Essa visita nos fez viajar na história de Zabelê/PB, minha terra natal.

No tempo em que ali nasci, Zabelê não era município e os nascidos no lugar eram registrados em Monteiro, como foi o meu caso, ou em São Sebastião do Umbuzeiro de cujo território fazia parte o distrito de Zabelê ou outras cidades próximas nesta região do Cariri Paraibano. 

Zabelê completou no dia 29 de abril de 2023 apenas 29 anos de sua emancipação política. Ocupa uma área de pouco mais de 109 quilômetros quadrados limitando-se com os municípios de São Sebastião do Umbuzeiro e Monteiro, na Paraíba e com Sertânia e Pesqueira, em Pernambuco, embora suas raízes tenham sido fincadas na região ainda no século 19 quando, no dia 02 de outubro de 1837, o Padre José Gomes Pequeno, vigário da então freguesia Nossa Senhora dos Milhares, de São João do Cariri, batizava dois rapazes na Fazenda Zabelê, segundo relata o IBGE.

Em Zabelê do Século 21, a população estimada pelo IBGE em 2021 é de 2.269 habitantes.

O município paraibano é administrado pelo Prefeito Sebastião Dalyson de Lima Neves (PSDB), eleito para o quadriênio 2021/2024 (Fonte: Wikipédia).

Este zabeleense, morador de Paulo Afonso há quase 70 anos, ficou muito feliz em receber esses conterrâneos que acabaram trazendo um alento, talvez um renovar de forças para rever a terrina e, quem sabe, atualizar informações e deixar alguns registros de sua história para as gerações que virão...

domingo, 14 de maio de 2023

Sequestro: Elementos invadem casa, agridem pessoas e sequestram homem em Zabelê

Quatro elementos que estavam em um carro invadiram uma residência na cidade de Zabelê na noite deste sábado (13), agrediram as pessoas e levaram um dos indivíduos que também estava na casa.

Há informações de vítimas e suspeitos são envolvidos com o consumo e tráfico de drogas. Ainda não informações sobre o paradeiro do homem sequestrado.

95fm

 

Viagem inesquecível. Visitando Paulo Afonso com os amigos Eduardo Viana e Edilene Félix. Visitando cidade, usina hidroelétrica, o rio São Francisco e visita a amigos. Dias 12 e 13 de maio de 2023.