A retomada da produção de Algodão em Sertânia veio com uma nova estratégia, a produção agroecológica em consócios agrícolas.
Poucos sabem, mas em Sertânia, bem como em outros municípios do Sertão pernambucano a produção de algodão foi retomada com muito sucesso e esforço e estes municípios já exportam seu algodão para uma empresa de calçados sustentáveis da Europa.
Sertânia, Serra Talhada, Afogados e São José do Egito são sedes dos núcleos de produção do projeto Algodão em consórcios, que é gerenciado pela Associação Agroecológica do Pajeú-ASAP e apoiada pela ONG Diaconia Acta Aliança, neste projeto, os agricultores familiares produzem o algodão com práticas agroecológicas, mas com produção também de alimentos junto para garantir segurança alimentar dos envolvidos.

A cultura algodoeira já foi muito importante para a economia de Sertânia, mas o bicudo declinou essa produção em todo Nordeste, no entanto agora os agricultores envolvidos nesse projeto propõem e seguem estratégias que vencem o bicudo e outras pragas, de forma ecológica, o que faz com que estes sejam reconhecidos lá fora e ganhem um novo mercado.
Tem dado muito certo e no município de Sertânia a produção se dar especialmente por assentados da reforma agrária (No assentamento Jacu e Capim) e por Quilombolas (Quilombolas do Severo e Riacho dos Porcos). Em Sertânia inclusive já houve premiação para maior produtor de algodão entre todos os atendidos pela ASAP, no Assentamento Jacu.
Este ano a colheita promete ser grande e bonita, pois já está em andamento e logo terá o beneficiamento que acontece na sede da associação do Jacu, que possui maquinário para descaroçar o algodão e colocar a pluma para envio para empresa de tênis.
Como aponta o Professor Maurício de Siqueira, que é coordenador do grupo Quilombo Agroecológico de Sertânia, este ano haverá uma boa colheita, seja de algodão, de milho creoulo, feijão e gergelim. Para isso, aconteceu no decorrer do ano passado e desse diversas capacitações e treinamentos para que essa produção fosse exitosa.
O grupo já pretende aumentar a produção, aumentar o número de agricultores envolvidos na produção e também de parceiros no projeto, uma vez que ainda não possuem apoio governamental, seja estadual ou municipal. (Tribuna do Moxotó)
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