sexta-feira, 11 de junho de 2021

Petrobras reduz preços da gasolina em mais de 2%; diesel será mantido

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (11) uma nova redução de preço médio da gasolina nas refinarias. A diminuição faz o preço chegar a R$ 2,53 por litro a partir de sábado. O reajuste é de cerca de 2,3%. O preço médio do diesel não será alterado.

Desde março, o preço da gasolina caiu cerca de 10%. No dia 9 daquele mês, chegou ao auge neste ano, custando R$ 2,84 por litro. Na última redução, de maio, os preços médios nas refinarias foram a R$ 2,59 por litro para a gasolina e o diesel foi reduzido a R$ 2,71 por litro.

Salto no ano

É o segundo reajuste sob a gestão de Joaquim Silva e Luna, que tomou posse em 19 de abril, depois de confirmação pelo conselho de administração da estatal. Ele foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o cargo após descontentamentos com a política de preços de combustíveis da administração anterior, comandada por Roberto Castello Branco.

Ao assumir a presidência da Petrobras, Luna disse que buscará reduzir a volatilidade dos preços de combustíveis sem “desrespeitar” a paridade de importação, em discurso que agradou investidores e fez as ações da companhia subirem no dia.

No comunicado desta sexta, a empresa informa que é importante reforçar o posicionamento da Petrobras “que busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais”.

“Nossos preços seguem buscando o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”, diz a nota.

Apesar da redução dos preços a partir deste sábado, os combustíveis acumulam forte aumento no ano. Na parcial de 2021, a gasolina subiu 37,5% nas refinarias e o diesel aumentou 34,1%.

Em dezembro, o litro da gasolina custava em média R$ 1,84. Já o do diesel saía a R$ 2,02.

Preços nas bombas

Segundo a Petrobras havia informado, os reajustes são realizados “a qualquer tempo, sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e da análise do ambiente externo”.

As alterações feitas pela Petrobras não impactam necessariamente os preços nas bombas, pois o valor final depende também de impostos e margens de distribuidores e revendedores.

Segundo o IBGE, o preço médio da gasolina no país acumula alta de 24,70% até maio e, em 12 meses, de 45,80%.

O vídeo abaixo, feito após alta nos preços do combustível em fevereiro deste ano, explica como funciona a dinâmica do valor da gasolina e do diesel. (Cariri Ligado)

Paraíba terá parque solar com investimento de R$ 4 bilhões e geração de 8 mil empregos

A Paraíba vai ganhar um novo parque de energias renováveis. Em anúncio na manhã desta sexta-feira (11), o Governo do Estado e a empresa Rio Alto anunciaram a instalação do complexo solar Santa Luiza, constituído por 28 usinas solares fotovoltaica de 58 megawaltz, totalizando 1.6 gigawatts de capacidade. Será o maior parque da América Latina, com esse projeto, a Paraíba será 100% munida de energia renovável.

O projeto está sendo instalado em uma área de mais de dois mil hectares nas cidades de Santa Luiza e São Mamede. Nesta fase serão investidos mais de R$ 4,2 bilhões com estimativa de dois mil empregos diretos, com cerca de 8 mil empregos indiretos. O início das obras está previsto para julho deste ano com início para entrega dos parques em janeiros de 2023.

No momento, a empresa está concluindo o complexo de Coremas para seguir para o complexo de Santa Luiza. De acordo com informações do sócio-fundador Edmond Farhat, será utilizada mão-de-obra local, chegando a 99% da equipe contratada. Os trabalhadores passarão por cursos de capacitações para desenvolverem autonomia profissional.

O parque também contará com inteligência artificial desenvolvida a partir de parcerias do as universidades locais. (Cariri Ligado)

Prefeita de Monteiro estuda decreto mais rígido para combate ao Covid-19

A prefeita Anna Lorena deverá se reunir nesta sexta-feira, 11, com a secretária de Saúde do município, Paula Oliveira e outros membros de sua equipe para analisar a possibilidade de implantar medidas mais rígidas no combate ao Covid-19.

No final de maio a Prefeitura de Monteiro publicou um decreto que proibia abertura de bares, restaurantes, lanchonetes e comércios não essenciais, redução no horário de funcionamento de supermercados e similares, além do toque de recolher a partir das 21 horas.

O decreto teve validade até o dia 06 de junho e com o novo decreto publicado pelo Governo do Estado flexibilizando algumas medidas, a prefeita decidiu seguir na integra o decreto estadual, mas, pelas avaliações feitas pela área da saúde municipal o resultado não estar surtindo o efeito necessário.

Em virtude destas avaliações, que inclusive conta com o apoio da população monteirense, um novo decreto poderá entrar em vigor nos próximos dias, com critérios mais rígidos, como forma de mais uma vez conter o avanço do vírus no município. (Cariri em Ação)

Saúde: Monteiro recebe 5 concentradores de oxigênio para tratamento a pacientes acometidos pela Covid-19

A Secretaria de Saúde do município de Monteiro recebeu na manhã desta sexta-feira, 11, um total de 05 concentradores de oxigênio que vão beneficiar pacientes acometidos pela Covid-19 e fazem tratamento domiciliar assistidos pelo programa melhor em casa. O concentrador de oxigênio trabalha transformando líquido em gasoso, e irá proporcionar um tratamento de qualidade para o paciente.

A conquista aconteceu através do empenho da Prefeita Anna Lorena, através do deputado Federal Wellington Roberto, junto ao Ministério da Saúde. Os equipamentos que já chegaram a Monteiro, vão auxiliar no suporte a esses pacientes que não podem sair de casa para receber o tratamento e precisam do oxigênio para uma recuperação saudável.

Para a Prefeita Anna Lorena essa é uma grande conquista para o município de Monteiro, “principalmente nesse momento de pandemia onde todos precisam se unir para combater o vírus, mas também, para dar um tratamento a todos os pacientes acometidos pelo Covid-19 de uma forma que eles possam se recuperar e voltar à vida normal”.

A secretária de saúde de Monteiro, Ana Paula Oliveira, agradeceu o empenho da prefeita Ana Lorena e ao deputado federal Wellington Roberto, que não medem esforços para trazer sempre o melhor para o município em todos os setores, principalmente na saúde que passa por esse momento delicado e que precisa muito da colaboração de todos para enfrentar essa batalha.

A secretaria alerta mais uma vez a população que o vírus não acabou e que todos devem continuar fazendo sua parte, principalmente no uso de máscara, uso do álcool 70%, lavando sempre as mãos e evitando a aglomeração. E que todos devem obedecer aos decretos impostos pela Secretaria do Estado e Municipal, pois o melhor está sendo feito para salvar vidas. (Cariri em Ação)

Prefeito de São Sebastião do Umbuzeiro apresenta futuras instalações do Mercado Público

A Prefeitura de São Sebastião do Umbuzeiro, na gestão do prefeito Adriano Wolff realizou na manhã da última quinta-feira (10) a divulgação das maquetes do novo Mercado Público do município.

De acordo com o prefeito, o Mercado funcionará no lugar do atual Matadouro.

“É uma obra importante que irá engrandecer nosso turismo e embelezar ainda mais nossa cidade,” afirmou o gestor.

A Prefeitura divulgou também a futura praça no final da rua Abel Costa Leitão, em frente à Assembleia de Deus.

Veja as imagens:

(Redação do Cariri Em Ação)

RG Digital começa a valer na Paraíba; veja como funciona

A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social começou a disponibilizar para todo o Estado o novo modelo de identidade totalmente biométrica, o RG Digital. Quem for emitir o documento pela primeira vez vai receber de forma mais prática, rápida e segura.

O novo modelo atende ao decreto federal 9.278/2018. O RG digital já pode ser baixado para aplicativos Android desde segunda-feira (7). Para IOS, a partir do dia 22.

Para ter acesso ao RG Digital é preciso atualizar o registro. Através de um aplicativo chamado RG Digital Paraíba é possível baixar a ferramenta celular e ter a nova versão do documento.

A versão do RG atualizada, em papel, vem com um QR Code impresso para que seja possível realizar a vinculação entre o documento físico e o documento digital.

Apesar dessa nova atualização, é importante ressaltar que o RG antigo continua com total validade e o RG Digital também será válido em qualquer situação.

g1

Juliette confirma participação na live de Wesley Safadão em Campina Grande

A paraibana Juliette Freire confirmou nesta quinta-feira (10), participação na live do cantor Wesley Safadão em Campina Grande, na Paraíba. A live irá acontecer no próximo dia 19 de junho e também contará com a participação do cantor Alceu Valença. 

“Eu recebi um convite de uma pessoa que sou fã pra participar de um projeto lá na minha terra, em Campina Grande, onde eu já estive vários anos curtindo o show dele. Eu vou voltar à minha terra em grande stilo, com o coração cheio de gratidão e amor. E com muita vontade de fazer uma festa bem linda pra vocês assistirem de casa”, disse a paraibana. 

O cantor por sua vez comemorou a participação da paraibana na live. “ESSA LIVE VAI SER PAAAAUUUU!@juliette, a rainha dos cactos é participação confirmada no #ArraiáDoSafadão dia 19 de junho pra deixar essa festança ainda mais especial. Então já separa o look junino, prepara os comes e bebes, avisa todos os amigos pq essa live vai entrar pra história. Estão preparados?”, disse o cantor.

ClickPB

Chegada de nova remessa de Coronavac deve regularizar vacinação de paraibanos que estão com segunda dose atrasada

A Paraíba deve receber neste fim de semana uma remessa com 10 mil doses de Coronavac. O secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros, informou ao ClickPB que essa remessa deve regularizar o calendário vacinal da população, já que 8 mil pessoas estão com a segunda dose da vacina atrasada.

A quantidade será mais do que suficiente para atualizar as doses que ainda estão em atraso no estado.

Além disso, o secretário afirmou que na próxima segunda ou terça-feira a Paraíba deve receber 52,6 mil doses da vacina Janssen, a única vacina de dose única contra a covid-19. Já está definido que os imunizantes serão destinados à vacinação da população com comorbidade e dos profissionais de educação.  

Caso o município já tenha concluído a vacinação desses públicos prioritários, as vacinas podem ser remanejadas para vacinar a população em geral, por ordem decrescente de idade.

As vacinas devem ser aplicadas em até 8 dias, a partir da data de recebimento das doses, já que o prazo de validade delas se encerra no dia 27 de junho.

ClickPB

Justiça autoriza mulher com gravidez de risco a cumprir prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica na Paraíba

A Defensoria Pública do Estado da Paraíba (DPE-PB) recorreu ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) para garantir a uma mulher com gestação de alto risco o direito a prisão domiciliar. Após manifestação contrária do Juízo da comarca de Patos e do Ministério Público, o desembargador João Benedito deferiu o pedido de habeas corpus (HC), considerando o histórico de aborto da gestante e a sua inclusão no grupo de risco para a Covid-19.

 A mulher residente em Cajazeiras cumpria pena de 6 anos e 8 meses em regime semiaberto, mas foi regredida cautelarmente para o regime fechado pela suposta prática de faltas por “violação de zona de inclusão”. Antes da designação de audiência de justificação e da decisão definitiva a respeito da transgressão pelo Juízo de Cajazeiras, onde foi sentenciada, a mulher teve sua transferência determinada para o Presídio Feminino de Patos em razão da apresentação de quadro infeccioso.

A Defensoria Pública requereu a concessão da prisão domiciliar à gestante ao Juízo da 2ª Vara Mista de Patos, que entendeu apenas pela designação de audiência de justificação marcada para 30 de junho de 2021.

No pedido liminar, a Defensoria demonstrou que o pré-natal da gestante estava atrasado e que ela possui histórico de cinco abortos, ratificando o alto risco da gestação. Também foi informado que os familiares da presa não tinham condições de visitá-la no novo local de cumprimento da pena e que, pelo mesmo motivo, ela havia deixado de receber os itens de higiene e outros exames desde que foi transferida.

“O caso em apreço trouxe muita angústia não só aos familiares da sentenciada, como aos policiais penais de Patos e toda rede de apoio que teve contato com ela. A prisão domiciliar deferida pelo Des. João Benedito é legítima, tem fundamento humanitário, além de amparo legal e jurisprudencial. À evidência, o ambiente do cárcere não é adequado a uma gestação normal, quanto menos a um quadro de alto risco”, ressaltou a defensora pública Mariane Fontenelle.

A Defensoria também comprovou que a gestante preenche os requisitos objetivos do direito à Progressão Especial já que é primária, não integra organização criminosa, apresenta bom comportamento (não respondeu a sindicâncias) e, não cometeu crime contra filho ou descendentes e cumpriu mais de 1/8 da pena.

Por tudo isso, o desembargador deferiu a liminar e concedeu prisão domiciliar na cidade onde ela tem residência, com uso de tornozeleira eletrônica.

DEFESA DA MULHER 

A coordenadora de Defesa da Mulher da DPE-PB, a defensora pública Raissa Palitot, ressalta que esse caso evidencia a importância da atuação da Defensoria Pública na luta pelos direitos das mulheres e das crianças, para que possam exercer seus direitos e resgatar sua dignidade e cidadania.

Ela ressalta que a Resolução 369/2021, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), estabelece procedimentos e diretrizes para a substituição da privação de liberdade de gestantes, mães, pais e responsáveis por crianças e pessoas com deficiência nos termos dos arts 318 e 318-A do Código de Processo Penal, e em cumprimento às ordens coletivas de habeas corpus concedidas pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal nos HCs no 143.641/SP e no 165.704/DF.

“Uma das previsões é a inclusão da condição gravídica e da provável data do parto nos sistemas e cadastros utilizados na inspeção de estabelecimentos penais na tramitação e gestão de dados dos processos, incluídas as fases pré-processual e de execução”, pontuou.

ClickPB

”Já estamos numa terceira onda”, diz secretário de Saúde da Paraíba sobre pandemia no estado

O secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, afirmou, em entrevista ao ClickPB nesta sexta-feira (11), que acredita que a terceira onda da pandemia de covid-19 já chegou, e que nós estamos nela. ”Acho que nós já estamos na terceira onda há alguma semanas, isso é notório”, disse. 

”O problema é que, no Brasil, a curva não se comportou como no resto do mundo”, completou. Geraldo Medeiros explicou que, em outros países, houve uma queda acentuada dos casos e depois um crescimento, formando realmente uma onda na curva de contaminação. No Brasil, porém, essa queda acentuada nunca existiu. 

”Nós ficamos praticamente num platô”, comentou. Ou seja, o número de casos sempre esteve alto, em alguns momentos mais e outros menos, mas não houve uma curva muito expressiva.

Apesar disso, o secretário pontuou que, com a vacinação total dos idosos, este grupo já tem adoecido menos e se internado menos. Além disso, as medidas restritivas impostas no estado, com a restrição da circulação nos fins de semana, têm mostrado resultado e a ocupação de leitos hospitalares já teve uma pequena queda.

De acordo com o boletim diário divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde nessa quinta-feira (10), a ocupação total de leitos de UTI (adulto, pediátrico e obstétrico) em todo o estado era de 76%. Fazendo um recorte apenas dos leitos de UTI para adultos na Região Metropolitana de João Pessoa, a taxa de ocupação chega a 73%. Em Campina Grande estão ocupados 78% dos leitos de UTI adulto e no sertão 93% dos leitos de UTI para adultos. De acordo com o Centro estadual de regulação hospitalar, ao todo, 977 pacientes estavam internados nas unidades de referência.

ClickPB

Human Rights Watch e Todos pela Educação divulgam medidas contra prejuízos à educação brasileira durante a pandemia

A organização internacional Human Rights Watch, que atua pelos direitos humanos, e a entidade Todos Pela Educação divulgaram nesta sexta (11) recomendações para reduzir os prejuízos causados pela pandemia à educação brasileira e criticaram as ações do governo federal para a área no atual momento.

“O direito internacional dos direitos humanos garante a todas as crianças e adolescentes o direito à educação, mesmo em tempos de emergência. O Brasil precisa urgentemente colocar crianças e adolescentes no centro de sua estratégia de recuperação e priorizar esforços para garantir educação para todos, durante e após a pandemia”, afirmam as duas entidades.

As recomendações do Human Rights Watch e do Todos Pela Educação são as seguintes:

  • Aloque recursos estrategicamente para garantir o acesso à educação de crianças e adolescentes em maior risco de evasão escolar, incluindo negros e indígenas, bem como aqueles em áreas rurais e outras cuja educação tenha sido particularmente afetada durante a pandemia
  • Envide seus maiores esforços para garantir vacinas para todos e mantenha os esforços para torná-las disponíveis e acessíveis aos profissionais de educação em todo o país, inclusive aqueles que atuam em comunidades marginalizadas
  • Garanta que haja indicadores claros de quando o fechamento presencial das escolas pode ser justificado pelo risco de transmissão do coronavírus e defina parâmetros precisos e baseados em evidências para orientar as decisões de reabertura das escolas.
  • Apoie estados e municípios, especialmente os mais vulneráveis economicamente, na oferta de equipamentos de proteção individual suficientes para todos os alunos e funcionários das escolas, na disponibilização de informações sobre a Covid-19 e em recursos para melhorar a ventilação e implementar protocolos de limpeza e higiene
  • Apoie estados e municípios na avaliação das lacunas de aprendizagem e prejuízos causados pelo fechamento prolongado das escolas e no desenho das ações necessárias para corrigir essas lacunas
  • Adote medidas para garantir internet acessível, confiável e estável, incluindo medidas direcionadas para fornecer acesso gratuito e equitativo – e dispositivos capazes de apoiar o conteúdo educacional básico – para crianças e adolescentes que ainda não podem assistir às aulas presencialmente
  • Realize campanhas nacionais de “volta às aulas”, para um retorno gradual, seguro e efetivo, com sensibilização em massa nas comunidades para convencer as crianças e os adolescentes que estiveram fora da escola – devido à pandemia ou por outros motivos – a voltarem para a escola e suas famílias a apoiarem essas decisões. Identifique as crianças que não voltarem às aulas presenciais ou não as frequentarem regularmente e desenvolva estratégias para alcançá-las e a seus responsáveis, oferecendo qualquer apoio de que necessitem para continuar ou retomar os estudos

Nas críticas à atuação do governo federal, as entidades citam o levantamento do Unicef que apontou 5 milhões de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos fora da escola, os dados do IBGE que mostraram 16,6% das crianças e adolescentes residentes em domicílios com renda per capita de até meio salário mínimo sem acesso à educação e números sobre a falta de acesso à internet entre estudantes brasileiros.

Outro aspecto levantado são as reduções de recursos financeiros para a área da educação determinadas pelo governo e os bloqueios de verbas já previstas que têm dificultado o funcionamento de universidades e institutos federais.

“O Ministério da Educação deixou de gastar o dinheiro já previsto no orçamento para projetos que poderiam ter ajudado a minimizar as consequências da pandemia. O Ministério da Educação tem mandato para coordenar a política nacional de educação e fornecer financiamento adicional para a educação nos estados e municípios. No entanto, pouco fez para cumprir sua responsabilidade de coordenar com os estados e municípios ações para a redução das desigualdades durante a pandemia”, afirmam HRW e Todos pela Educação.

G1 contatou o Ministério da Educação sobre as críticas das entidades e irá registrar a resposta quando enviada.

Anvisa autoriza vacina da Pfizer contra Covid-19 para adolescentes a partir dos 12 anos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta sexta-feira (11), o uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em adolescentes a partir dos 12 anos de idade no Brasil.

Agora, a bula da vacina no país passará a indicar esta nova faixa etária; antes, ela só podia ser aplicada em adolescentes a partir dos 16 anos. A vacina é a única que pode ser aplicadas em menores de 18 anos no Brasil.

Segundo a Anvisa, a ampliação da idade em adolescentes foi aprovada depois de a Pfizer apresentar estudos que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela agência.

Nos Estados Unidos e na Europa, a Pfizer está testando sua vacina em bebês a partir dos 6 meses de idade e em crianças com 11 anos ou menos.

g1

Infecção por dengue cai 77% em teste com bactéria em mosquito ‘Aedes aegypti’

Um método que usa bactérias em mosquitos conseguiu reduzir em 77% os casos de dengue, segundo um estudo publicado na prestigiosa revista científica The New England Journal of Medicine.

O estudo, realizado na cidade de Yogyakarta (Indonésia), comprovou a eficácia da estratégia Wolbachia em reduzir a capacidade do mosquito de espalhar a dengue, e ampliou as esperanças para conter a doença que infectou mais de 1 milhão de pessoas no Brasil em 2020.

Estudos preliminares com o mesmo método realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no estado do Rio de Janeiro apontaram resultados promissores: “redução de até 77% dos casos de dengue e 60% de chikungunya nas áreas que receberam os Aedes aegypti com Wolbachia, quando comparado com áreas que não receberam”.

Há um estudo em curso em Belo Horizonte nos mesmos moldes do que foi realizado na Indonésia. “A expectativa é que em até quatro anos, que é o tempo do estudo, seja possível conhecer o impacto do Método Wolbachia no controle das arboviroses em Belo Horizonte”, disse em comunicado o pesquisador da Fiocruz e líder do método Wolbachia no Brasil Luciano Moreira.

O inimigo do inimigo

Método tem grande potencial contra outras doenças transmitidas pelo mosquito, como zika, febre amarela e febre chicungunha — Foto: Getty Images via BBC

Método tem grande potencial contra outras doenças transmitidas pelo mosquito, como zika, febre amarela e febre chicungunha — Foto: Getty Images via BBChttps://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O estudo conduzido na Indonésia usou mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia. Uma das pesquisadores do experimento, Katie Anders, descreve o micro-organismo como um “milagre natural”.

Wolbachia não causa danos ao mosquito e toma conta das mesmas partes do corpo que o vírus da dengue precisa para ser espalhado pelo vetor.

A bactéria compete por recursos e torna bem mais difícil para o vírus da dengue para se replicar, então é bem menos provável que o mosquito cause a infecção quando pica alguém.

O experimento na Indonésia utilizou 5 milhões de ovos de mosquito infectados com a Wolbachia. Os ovos foram colocados em potes de água na cidade a cada duas semanas, e o processo de constituir uma população infectada de mosquitos levou nove meses.

Estudo agora está em expansão na Indonésia; no Brasil, experimento semelhante deve apresentar resultados em alguns anos em Belo Horizonte — Foto: World Mosquito Programme via BBC

Estudo agora está em expansão na Indonésia; no Brasil, experimento semelhante deve apresentar resultados em alguns anos em Belo Horizonte — Foto: World Mosquito Programme via BBC

A cidade de cerca de 300 mil habitantes foi dividida pelos pesquisadores em 24 zonas, e esses mosquitos foram liberados em metade delas.

O estudo apontou uma redução de 77% no número de casos de dengue e de 86% na quantidade de pessoas que precisam de atendimento hospitalar.

“Isso é bastante animador. Para ser honesta, é melhor do que esperávamos”, disse Anders à BBC.

A estratégia se mostrou tão bem-sucedida que os mosquitos foram espalhados pela cidade inteira, e agora o projeto está sendo expandido para áreas no entorno de Yogyakarta a fim de tentar eliminar a dengue da região.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Anders, que também é diretora de avaliação de impacto do Programa Mundial de Mosquitos, afirmou que a estratégia “pode ter um impacto ainda maior quando implantado em grande escala nas grandes cidades do mundo, onde a dengue é um grande problema de saúde pública”.

A bactéria Wolbachia se mostrou também bastante manipulável e pode alterar a fertilidade de seus hospedeiros para garantir que eles passem o micro-organismo para a próxima geração de mosquitos.

Isso significa que, uma vez que a Wolbachia esteja estabelecida, ela pode continuar a ajudar a controlar as infecções por um longo tempo.

Essa estratégia contrasta com outras tentativas de controlar a doença, como inseticidas ou soltura de mosquitos macho inférteis, que precisam ser refeitas.

O experimento publicado na New England Journal of Medicine representa um marco significativo após anos de pesquisa, já que a Wolbachia é uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos, inclusive em alguns mosquitos, mas não costuma aparecer naturalmente na espécie de mosquito que transmite a dengue, o Aedes aegypti.

Estudos com modelos matemáticos que tentam calcular e entender o espalhamento de doenças preveem que a Wolbachia poderia ser suficiente para suprimir completamente a dengue caso ela se estabeleça na população de mosquitos.

David Hamer, professor de medicina e saúde global da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, afirmou que o método tem grande potencial contra outras doenças transmitidas pelo mosquito, como zika, febre amarela e febre chikungunya.

Por que o mosquito ‘Aedes aegypti’ transmite tantas doenças

Poucas pessoas ouviam falar da dengue há 50 anos, mas nas últimas décadas epidemias têm avançado dramaticamente. Em 1970, apenas nove países enfrentavam a doença. Atualmente, há mais de 400 milhões de casos por ano no mundo.

A dengue é conhecida em algumas localidades como “febre quebra-ossos” porque causa dos dores agudas nos músculos e ossos e epidemias explosivas podem lotar hospitais.

Considerado uma das espécies de mosquito mais difundidas no planeta pela Agência Europeia para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), o Aedes aegypti – nome que significa “odioso do Egito” – é combatido no Brasil desde o início do século passado.

Alguns fatores contribuem para tornar o Aedes aegypti um agente tão eficiente para a transmissão desses vírus. Entre eles estão, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil, sua capacidade de se adaptar e sua proximidade do homem.

Surgido na África em locais silvestres, o mosquito chegou às Américas em navios ainda na época da colonização. Ao longo dos anos, encontrou no ambiente urbano um espaço ideal para sua proliferação.

“Ele se especializou em dividir o espaço com o homem”, afirma Fabiano Carvalho, entomologista e pesquisador da Fiocruz Minas.

“O mosquito prefere água limpa para colocar seus ovos, e qualquer objeto ou local serve de criadouro. Mesmo numa casca de laranja ou numa tampinha de garrafa, se houver um mínimo de água parada, seus ovos se desenvolvem.”

Um aspecto que também favorece a reprodução é o fato de a fêmea colocar em média 100 ovos de cada vez, mas não fazer isso em um único local. Em vez disso, ela os distribui por diferentes pontos.

Exterminá-lo também é difícil. Segundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos, o Aedes aegypti é “muito resistente”, o que faz com que “sua população volte ao seu estado original rapidamente após intervenções naturais ou humanas”.

No Brasil, ele chegou a ser erradicado duas vezes. No início do século passado, o epidemiologista brasileiro Oswaldo Cruz comandou uma campanha intensa contra ele no combate à febre amarela. Em 1958, a Organização Mundial da Saúde declarou o país livre do Aedes aegypti.

Mas, como o mesmo não havia ocorrido em países vizinhos, o mosquito voltou a ser detectado no fim dos anos 1960. Foi erradicado novamente em 1973 – e retornou mais uma vez três anos mais tarde. “Hoje não falamos mais em erradicação. Sabemos que isso não é possível”, disse à BBC News Brasil a bióloga Denise Valle, pesquisadora do laboratório de biologia molecular de flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

g1