Os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica reuniram-se, nesta segunda-feira, com os presidentes dos três respectivos Clubes Militares - entidades privadas destinadas a congregar militares da reserva e presididas por membros de alta patente - para discutir a situação política brasileira e a participação dos militares na resolução da crise política.
Os oficiais crêem que a reunião se fez necessária devido à grave instabilidade institucional que perpassa o país. Realizado a portas fechadas e sem a presença de outros membros, o encontro discorreu a respeito da crise no Governo Federal e da iminência de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Avalia-se que a crise pode ser agravada com a retirada da presidente, sobretudo por ações, inclusive violentas, de movimentos e entidades ligados ao PT, tais como MST, MTST e CUT.
No ensejo, os militares decidiram que irão se abster de qualquer ação opinativa ou valorativa a respeito dos resultados dos trâmites constitucionais. “Decidimos pela legalidade. Se a Dilma vai sair ou não, qualquer que seja o resultado, os militares exercerão o seu papel constitucional de garantir a lei, a ordem e a segurança dos cidadãos, seguindo sua função de servir à pátria e aos preceitos constitucionais”, afirmou um oficial ligado ao Alto Comando.
A reunião ocorreu na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, e, após a sua conclusão, os presidentes dos clubes firmaram o compromisso de repassar os resultados a todos os seus membros. Os três comandantes das Forças Armadas retornaram, em seguida, para Brasília.
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