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Brasília (DF) – A juíza Célia Regina Ody Bernardes, responsável pelos processos da Operação Zelotes em Brasília, determinou nesta terça-feira (27/10), em caráter urgente, que a Presidência da República, quatro ministérios, o Senado e Câmara enviem à Justiça todos os documentos referentes a duas medidas provisórias, de 2009 e 2013. As informações são de reportagem publicada nesta quinta-feira (29/10) pela Folha de S. Paulo.
De acordo com a publicação, o pedido de informações, que também inclui registros de reuniões, partiu da Procuradoria da República no Distrito Federal. A força-tarefa da Zelotes suspeita que as MPs foram compradas para beneficiar montadoras da indústria automotiva.
Para o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), a interferência de empresas privadas na esfera pública deve ser investigada, e os seus responsáveis, punidos.
“Sempre há uma expectativa de que alguém entregue toda a sujeira que está escondida debaixo do tapete. Onde há fumaça, há fogo, é o dito popular. Esperamos que essas denúncias sejam materializadas e comprovadas para que possamos punir todos os responsáveis que destruíram o Conselho de Recursos que é o chamado Carf [Conselho Administrativo de Recursos Fiscais]. Porque, realmente, é algo muito esquisito o que acontece por lá”, afirmou.
O parlamentar defendeu o uso da delação premiada, que tem sido criticada pela bancada petista – o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a se referir à delação feita em operações como a Lava Jato como “mentirão premiado” –, para ajudar a esclarecer os casos de compra de MPs e corrupção na Petrobras.
“Tenho certeza que com a delação, com tudo o que está acontecendo, com a investigação da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça, teremos provas suficientes para punir todos aqueles que conspiraram e destruíram o setor público brasileiro e as suas estâncias. Eles têm utilizado muito a consultoria de empresas, tentando legalizar os seus malfeitos. Vamos dar tempo à investigação, na expectativa de que todos os envolvidos sejam colocados à luz do dia”, completou o deputado.

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